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O Hipnotista | Lars Kepler

por Daniela, em 15.03.18

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Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores suecos de romances policiais, Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. O Hipnotista foi o primeiro livro que lançaram em conjunto.

 

Começamos a história quando uma família é encontrada morta em casa, existindo apenas um sobrevivente em estado grave. É transferido para o hospital, em coma.

 

Temos a personagem Erik, um médico que em tempos geriu grupos de terapia por hipnose. Tal como indica o título do livro, o nosso hipnotista é muito mais focado, no que acaba por ser uma história sobre a sua vida.

 

O assassino é desvendado numa fase muito inicial e, apesar de todos os esforços para o encontrar, a sua mente nunca é explorada. Não existe um motivo concreto nem nos é contado muito sobre ele.

 

Apesar de ser um policial, não senti muito entusiasmo ao ler este livro. Não considero que seja tão empolgante como o esperado. Estava à espera de um livro onde ficasse sempre na espetativa, com vontade de saber o que vem a seguir e de ler cada vez mais. Infelizmente, tal não aconteceu.

 

Antes deste, li dos mesmos autores o livro "A Vidente", também com o mesmo polícia Joona Lina e, apesar de ter gostado mais do que d' O Hipnotista, também não adorei.

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Richard Zimler é um escritor, jornalista e professor norte-americano, que se mudou para o Porto em 1990. Tem publicados vários romances, contos e livros infantis.

 

Este é o primeiro livro que leio do autor e tem como pano de fundo um gueto judeu da capital da Polónia, no ano de 1940, altura da Segunda Guerra Mundial.

 

Erik Cohen é um velho psiquiatra que, após a ocupação alemã, é obrigado a mudar-se para esta pequena área judaica de Varsóvia e a viver em casa da sua sobrinha Stefa com ela e o seu filho Adam. A certa altura, Erik encontra Heniek e conta-lhe a sua história. Daí nasce então o manuscrito Os Anagramas de Varsóvia, um registo das conversas entre Erik e Heniek, que este último conseguiu perservar até ao final da guerra e posteriormente partilhar com outros. Todos os nomes citados ao longo das suas páginas são anagramas construídos a partir das letras dos verdadeiros, daí o título deste manuscrito.

 

A miséria e a precariedade sentidos naquele gueto são palpáveis. O medo e a incerteza são comuns, mas também encontramos o amor e a esperança, sentimentos que frequentemente testemunhamos ao logo da leitura.

 

Este livro relembra-nos a época do Holocausto de uma forma diferente, uma vez que se trata de um thriller histórico. A componente policial tornou a leitua de um tema tão forte e pesado como o Holocausto numa leitura mais leve e distanciada. A vida dos judeus naquele gueto, o poder dos Nazis ou a indiferença dos polacos está lá, mas de uma forma mais leve do que estamos habituados.

 

No final, e apesar de bem construída, é uma história simples e a resolução do mistério que acompanha a maior arte das páginas não é muito surpreendente. Em suma, posso dizer que gostei, embora não tenha amado.

 

"De pé na escuridão, imaginei que, se oferecesse a minha vida a Deus, talvez ele poupasse alguém que quisesse viver - uma criança, com décadas de vida pela frente. Mas, mesmo que conseguisse covencer o Senhor a fazer esse negócio comigo, como decidir quem merecia mais?"

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Valter Hugo Mãe é o nome artístico do escritor, editor, artista plástico, apresentador e cantor Valter Hugo Lemos. É um português nascido em Angola, na cidade de Saurimo. Já ganhou vários prémios, entre eles o de Melhor Romance do Ano, em 2012.

 

Homens Imprudentemente Poéticos é o seu último romance, publicado em 2016 pela Porto Editora. Retrata a história de uma pequena aldeia do Japão antigo e gira em torno da inimizade estabelecida entre dois vizinhos.

 

Ao escrever esta história, o autor visitou o local que mais foca ao longo das suas páginas: Aokigahara, também conhecida como a Floresta dos Suicidas. As estatísticas mostram que neste local se suicidam centenas de pessoas a cada ano, um ato que as autoridades locais tentam desencorajar mas que continua a existir, tornando a floresta no segundo local mais comum no mundo.

 

Os primeiros capítulos destinam-se à apresentação de cada uma das personagens principais. O artesão Ítaro, criador de leques, possui uma habilidade que tanto pode ser considerada conveniente como angustiante - a previsão do futuro. O oleiro Saburo, que vive com a mulher, a senhora Fuyu. A senhora Kame é a criada que já pertence à família, a figura maternal que sofre as dificuldades desta família como se fosse a sua. Matsu, a irmã de Ítaro, uma menina cega que tem uma perceção sensível do mundo e das coisas, vive no meio de sonhos e tem uma enorme gratidão pela vida. 

 

"Para Matsu as montanhas podiam fazer promontórios que se suspendessem sobre as aldeias. Braços de pedra que se levantavam entre as nuvens e sombreavam as aldeias. Explicavam-lhe que os cumes demoravam estações inteiras, podiam caminhar primaveras completas para lhes chegar ao cimo, e talvez nem chegassem, porque os homens faziam outra vida diferente da de poder voar. Mas a jovem imaginava o que ouvia segundo o seu próprio tremendismo, por isso julgava que o lugar mais alto das montanhas era uma extremidade de pedra que se alcandorava, coisa de conflituar com as nuvens e os pássaros maiores. Diferente de serem os homens voadores, ela inventava que seriam as montanhas terras capazes de pairar."

 

Ao longo do livro vamos conhecendo as razões que foram separando os dois vizinhos inimigos ao mesmo tempo que nos deparamos com temas fortes como a morte e o suicidio, o amor e a ausência dele, a perda ou o ódio.

 

É um bom livro, mas infelizmente não consegui que me enchesse as medidas. Foi o primeiro que li do autor e as opiniões que li variam bastante. Várias pessoas acham o melhor de Valter Hugo Mãe, outras acham que foi o pior. Vou ler mais livros da sua obra e formar a minha opinião. Neste livro, fico-me pelas três estrelas, espero atingir mais em leituras futuras.

 

Como curiosidade, vi numa notícia que neste livro o autor não utilizou uma única vez a palavra "não". Deixo a resposta que deu quando questionado sobre o assunto:

"A palavra Não sublinha um traço impróprio no Japão, porque difere da relação cerimoniosa que estabelecem uns com os outros. Os japoneses evitam dizer por norma Não e optam por uma expressão para essa negativa que, traduzida à letra, terá o significado de "isso é difícil". Por isso, várias vezes no romance as personagens respondem deste modo. O que é uma negativa educada, com que dão a entender ao interlocutor que o que lhe é pedido é impossível de fazer, mas sem o hostilizar."

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José Saramago foi o único escritor português galardoado com o Nobel da Literatura, em 1998. Foi merecido. Escreveu vários romances, crónicas, contos e até alguns livros de poesia e contos infantis.

 

As Intermitências da Morte foi o terceiro livro que li do autor, tendo lido já há alguns anos Caim e, mais recentemente, Ensaio Sobre a Cegeira.

 

Este livro fala da morte.

 

"No dia seguinte ninguém morreu."

 

A frase inicial desta obra é um ponto de partida que nos deixa desde logo intrigados. A partir daqui Saramago relata-nos, no seu estilo carregado de ironia e sarcasmo, as reações da sociedade e de quem a governa, da igreja e do clero, dos hospitais, das agencias funerárias e até das seguradoras ao súbito desaparecimento da morte.

 

Várias reflexões podem ser feitas ao longo desta leitura, onde Saramago vai divagando acerca da importância da vida e da morte e da forma como as duas se conjugam.

 

Os moribundos, ou seja, aqueles que não podem morrer mas estão em tal estado que também não têm condições para viver, são constantemente focados. As discussões e problemas que criam para a família e as soluções que acabam por se encontrar são bastante escrutinadas, num tom de crítica social acentuado a cada palavra.

 

Em páginas mais avançadas, as personagens deixam de ser tão subjetivas e passam a ser bem definidas, apesar de nunca termos acesso a um nome próprio. O autor foca aqui a morte e o violoncelista, um personagem fulcral na história.

 

A morte acaba por ser humanizada e igualada a todos nós. Todas nós, pois aqui a morte é representada como uma personagem feminina.

 

A escrita do autor já me era familiar e não passei por aquele característico período de adaptação. A forma como ele escrevia, apenas usando como pontuação alguns pontos finais e muitas vírgulas, poderá não ser adaptada a todos mas, como ele próprio disse uma vez, é a forma como as pessoas falam, a forma como as histórias são contadas.

 

O final do livro é maravilhoso. Se tinha dúvidas entre as quatro e as cinco estrelas, este final dissipou-as de vez.

 

Leiam este livro. Leiam Saramago. Leiam os nossos.

 

Ler os Nossos: um projeto da Cláudia, do blog e canal a mulher que ama livros.

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A Filha do Papa, de Luís Miguel Rocha

por Daniela, em 13.11.16

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Pontuação: 4*

 

Terminei hoje o segundo livro escolhido para o projeto Ler os Nossos.

Este livro é um thriller que inicia quando Niklas, um jovem padre, é raptado, sendo deixado no local um pedido de resgate diferente do habitual e escrito num post-it. De seguida, vários personagens envolvidos em assuntos do Vaticano vão sendo assassinados, um de cada vez. Paralelamente, um jornalista do New York Times está a investigar um dos segredos guardados no Vaticano, tendo ido diretamente à "Toca do Lobo" pedir explicações e exclarecimentos, o que não abona a seu favor. A história principal desenvolve-se à volta do Papa Pio XII, e dos motivos que, segundo o autor, levaram à rejeição da sua beatificação.

Este foi o meu primeiro contacto com o autor e iniciei-o sem grandes expetativas, sendo que este não é dos meus géneros literários preferidos. No entanto, acabei por gostei do livro.

Entrar na história não é fácil, pois logo nos primeiros capítulos é-nos fornecida uma grande quantidade de informação e personagens. No entanto, assim que conseguimos assimilar todas estas novas informações, a história torna-se envolvente e viciante e a leitura bastante fácil e rápida.

A meio do livro a história torna-se mais parada e a expetativa por novos acontecimentos demora a ser saciada.

No entanto, o surpreendente final compensa sem dúvida este ponto, não estava à espera deste desfecho o que foi uma surpresa muito bem recebida.

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Se podes olhar, vê.

Se podes ver, repara.

 

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Pontuação: 5*

 

Terminei o primeiro livro para o Projeto Ler os Nossos, do qual falei aqui. É o segundo que leio do autor, adorei o primeiro - Caim - e adorei ainda mais este.

Como desde a leitura do primeiro livro de Saramago já se passaram vários anos, quando iniciei a leitura deste tive de voltar a habituar-me à sua escrita sem parágrafos nem travessões de diálogo. No entanto, após esta pequena entrave ter sido dominada, a leitura tornou-se fluida e bastante compulsiva.

Passado num tempo e numa cidade não definidos,o que torna este livro intemporal, tudo começa quando um homem parado num semáforo há espera da luz verde perde a visão sem qualquer motivo aparente. Esta cegueira era descrita pelo homem como vendo tudo branco, uma cegueira diferente de todas as que se conhecem. Este então designado por mal branco alastra-se e afeta as pessoas que travaram contacto com o primeiro cego, tornando-se posteriormente numa epidemia.

O enredo é violento e a história é pesada e desesperante. Traz cenas fortes e capazes de revolver o estômago. Saramago mostra a face mais obscura da sociedade, que mesmo ao vivenciar uma situação caótica como a descrita neste livro, ainda tenta vergar os mais fracos às suas próprias vontades.

Para além de não existir um tempo e um local certo, também as personagens são desprovidas de nomes próprios. Nesta obra existem, como personagens principais, para além do primeiro cego, a mulher do primeiro cego, o médico, a mulher do médico, a rapariga dos óculos escuros, o velho da venda preta e o rapazinho estrábico. 

Todos os pormenores do livro nos mostram que o tempo, o sítio e o nome dos personagens são irrelevantes, pois alterando qualquer um dos três o resultado seria o mesmo.

Esta cegueira é uma metáfora que o autor criou para demonstrar que muitas vezes não conseguimos ver por trás do que aparece à superfície nem para além do preconceito e que "o essencial é invisível aos olhos", ou seja, aquilo que é importante não é perceptível apenas com a visão. É um livro que fala das necessidades mais básicas da humanidade, de instintos de sobrevivência e que nos traz algo em que pensar e perspetivas muito interessantes.

O cenário apocalíptico que o autor criou e a mensagem que o livro traz, faz deste um livro fascinante.

 

Personagens preferidas: a rapariga dos óculos escuros, o velho da venda preta

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A Casa dos Espíritos, de Isabel Allende

por Daniela, em 03.11.16

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Pontuação: 4*

 

Este é um livro que acompanha a família Trueba, interligada com a história do Chile, pano de fundo desta obra. Tentei escrever sem spoilers, mas foi impossível, embora sejam poucos e, na sua maioria, contextualizados na história do país e de conhecimento geral. Se não leram o livro, não leiam por favor o excerto que coloquei mais abaixo.

As três personagens principais são femininas e cada uma representa uma geração - Clara, Blanca e Alba, três nomes diferentes mas que se tornam no mesmo, numa alusão à pureza que sempre é associada à cor branca. Clara é a primeira delas, é a Clara clarividente que move objetos com a mente. É uma personagem muito interessante, das melhores do livro, e é maravilhoso ir acompanhando o seu desenvolvimento e a sua vida. Blanca e Alba são, respetivamente, filha e neta de Clara e continuaram a história nas gerações seguintes.

Logo nas primeiras páginas sabemos como foi construído este texto, baseado nos livros onde Clara registava a vida, e com vários detalhes acrescentados pelo patriarca Esteban Trueba.

A história começa décadas antes do golpe de estado do Chile, mas é a um terço do fim, que este livro nos traz o melhor de si quando, na década de 70, o partido socialista vence as eleições do Chile. Aqui começa um conceito histórico e muito interessante narrado através das memórias da própria Isabel Allende, filha do primo do presidente Salvador Allende.

O nome de Salvador Allende nunca nos é referido no livro, sendo representado apenas como Presidente, embora o tempo e o contexto histórico desta obra nos leve até ele.

Em 1973 dá-se o golpe militar, descrito neste livro com vários detalhes do que aconteceu na época, uma vez que Isabel Allende vivenciou este acontecimento.

Uma personagem assumidamente da direita e que defende o seu partido durante a maior parte do livro é Esteban Trueba. Em várias ocasiões cego pela riqueza e em outras incapaz de ver o que se apresenta mesmo à sua frente, tendo ainda apoiado a tirania da ditadura de Pinochet, ele representa as pessoas enganadas pela ilusão de poder.

Existe ainda um outro personagem importante e designado como Poeta, que através da sua história, presente no livro, descobrimos ser Pablo Neruda. O excerto seguinte representa um episódio muito triste da história, logo após o golpe militar. 

O Poeta agonizou na sua casa junto ao mar. Estava doente e os acontecimentos dos últimos tempos esgotaram-lhe o desejo de viver. A tropa revolveu-lhe a casa, deram voltas às sua coleções de búzios, conchas, borboletas, às suas garrafas e máscaras de proa resgatadas de tantos mares, aos seus livros, quadros, versos inacabados, à procura de armas subversivas e comunistas escondidos, até o seu velho coração de bardo começar a falhar. Levaram-no para a capital. Morreu quatro dias depois e as últimas palavras do homem que cantou a vida, foram: «Vão fuzilá-los! Vão fuzilá-los!». Nenhum dos seus amigos se pôde aproximar na hora da morte, porque estavam na clandestinidade, fugitivos, exilados ou mortos. A sua casa azul do cerro estava meio em ruinas, o piso queimado e os vidros partidos, não se sabia se era obra dos militares, como diziam os vizinhos, ou dos vizinhos, como diziam os militares. Ali o velaram os poucos que se atreveram a aparecer (...)

As pessoas iam em silêncio. De repente, alguém gritou roucamente o nome do Poeta e uma única voz em todas as gargantas respondeu «Presente! Agora e sempre!». Foi como se tivessem aberto uma válvula e toda a dor, medo e raiva desses dias saísse do peito e percorresse a rua, subindo como um clamor terrível até às negras nuvens do céu. Outro gritou «Companheiro Presidente!». E todos responderam num só lamento, pranto de homem: «Presente!». A pouco e pouco o funeral do Poeta transformou-se no ato simbólico de enterrar a liberdade.

Super bem escrito e que vale bastante a pena pelos acontecimentos aqui descritos e retirados das recordações da própria Isabel Allende, num livro que nos agarra desde as primeiras páginas.

O final é maravilhoso, a destruição e o renascimento unidos na procura de novos e melhores tempos. Sem dúvida um livro a reler.

 

Personagens preferidas: Clara Del Valle

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Kamryn e Adele são as melhores amigas desde os tempos de faculdade. No entanto, dois meses antes de casar, Kamryn descobre que Adele dormiu com Nate, o seu noivo, e que Tegan, a sua afilhada, nasce dessa traição. Kamryn termina o noivado e afasta-se dos dois, até ao dia do seu 32º aniversário quando recebe um postal de Adele pedindo-lhe para a ir ver ao hospital.

Adele foi diagnosticada com leucemia e tem muito pouco tempo de vida restante. Quando Kamryn a visita, Adele pede-lhe que adote a sua filha Tegan de 5 anos.

Este é um livro que explora a dor que os pacientes de oncologia passam, transmitem, e tudo o que deixam para trás. Kamryn é uma personagem forte, que luta por Tegan e pela felicidade das duas com todas as suas forças. Esta história mostra-nos do princípio ao fim como é errada a ideia que temos de ter todo o tempo para estar com quem amamos. De um momento para o outro a vida pode mudar, o que damos como certo passa a incerto e acabamos por nos arrenpender das nossas decisões.

A história desenvolve-se lentamente, e aos poucos vamos assimilando o passado e o presente e as características das diversas personagens.

 

Personagens preferidas: Luke, Kamryn

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A Vidente - Lars Kepler

por Daniela, em 27.02.16

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Título: A Vidente

Autor: Lars Kepler

Editora: Porto Editora

1ª Edição: 2015

Nº de Páginas: 536

 

 

 

 

"Uma jovem assassinada num centro de menores. Outra interna fugiu na mesma noite. Tudo indica que há muito mais por detrás do assassino. Poderá a Vidente falar com os mortos e desvendar este mistério?"

 

Sinopse: «Por todo o mundo, sempre que a Polícia se depara com casos particularmente difíceis, recorre a médiuns e espíritas. No entanto, em nenhum documento figura a colaboração de um médium para a resolução de um crime.» Flora Hansen diz-se espírita e garante ser capaz de falar com os mortos. Certo dia, ouve na rádio uma notícia sobre o caso de uma jovem assassinada num centro de acolhimento de menores e, na tentativa de ganhar um dinheiro extra, decide telefonar para a Polícia dizendo que o espírito da morta entrou em contacto com ela. No entanto, os resultados da investigação técnica atribuem a autoria do crime a outra das internas, uma jovem sensivelmente da mesma idade, que desde então está a monte. O comissário da Polícia Joona Linna resiste à versão oficial e inicia uma investigação por sua própria conta. Mas cada nova resposta parece apenas conduzir a um novo enigma e a mais um beco sem saída. E ninguém se dispõe a ouvir a vidente, embora ela fale com os mortos.

 

Opinião: Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores de sucesso na Suécia: Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. A Vidente é o terceiro llivro desta dupla, comecei por este como poderia ter começado por qualquer um dos outros visto não estarem sequencialmente interligados.

Narrado em pequeníssimos capítulos de cada vez, com descrições intensas e muita tensão, este é um livro onde se quer sempre ler mais um bocadinho. As cenas de crimes são descritas pormenorizadamente, de uma forma realista e, ao contrário do que o nome do livro sugere, com pouquíssimos episódios de contacto sobrenatural.

Não faltam mistérios e dramas a enriquecer a história e, por outro lado, existem também ligações a diversos assuntos e problemáticas encontradas no dia-a-dia.

A ação e o desenrolar da história tem um ritmo cativante, sempre numa escrita fluida que nos prende, numa narrativa bastante psicológica, com muita adrenalina e tensão à mistura.

O desfecho deste crime é de certo modo uma surpresa, no entanto se atentarmos bem em todos os pormenores é uma conclusão que se tira bem antes de ser completamente óbvio.

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