Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



IMG_20180420_214133.jpg

 

 

Agatha Christie é uma autora que dispensa apresentações. Com mais de oitenta livros publicados, a escritora destacou-se bastante no romance policial, acabando por ser apelidada de "A Rainha do Crime".

 

Já li alguns livros dela e espero ler ainda mais. Este, embora não seja o melhor que já li, é muito bom. Curiosamente, é o primeiro livro que leio com as personagens Hercule Poirot e o seu companheiro Arthur Hastings.

 

Uma jovem mulher, propietária da extravagante casa do fundo, quase morre tragicamente várias vezes seguidas.

 

A Poirot nada lhe escapa e, apesar de mademoiselle Nick Buckley estar convicta de que se tratam apenas de acidentes, Hercule Poirot sabe que é algo mais. Alguém a está a tentar matar. O motivo não sabemos, Nick parece não ter amigos. Poirot e Hastings vão tentar protegê-la a todo o custo, enquanto procuram pelo suposto assassino.

 

Como sempre, atirei para todo o lado e falhei cada tiro. O que descobrimos no final não é nada do que esperava. Com a Agatha Christie é sempre assim.

 

O livro lê-se muito bem, e o querer saber o que vai acontecer leva-nos a ler ainda mais.

 

Poirot é uma personagem peculiar, extremamente extravagante e nada modesto. As suas células cinzentas são o seu trunfo e usa-as como resposta para tudo.

 

Hastngs é mais humano e, como nós leitores, também não acerta uma. É ele o narrador da história e, apesar dos seus tiros ao lado, ajuda Poirot a tirar as suas variadas conclusões.

Autoria e outros dados (tags, etc)

O Hipnotista | Lars Kepler

por Daniela, em 15.03.18

IMG_20180320_190351_HHT.jpg

 

 

Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores suecos de romances policiais, Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. O Hipnotista foi o primeiro livro que lançaram em conjunto.

 

Começamos a história quando uma família é encontrada morta em casa, existindo apenas um sobrevivente em estado grave. É transferido para o hospital, em coma.

 

Temos a personagem Erik, um médico que em tempos geriu grupos de terapia por hipnose. Tal como indica o título do livro, o nosso hipnotista é muito mais focado, no que acaba por ser uma história sobre a sua vida.

 

O assassino é desvendado numa fase muito inicial e, apesar de todos os esforços para o encontrar, a sua mente nunca é explorada. Não existe um motivo concreto nem nos é contado muito sobre ele.

 

Apesar de ser um policial, não senti muito entusiasmo ao ler este livro. Não considero que seja tão empolgante como o esperado. Estava à espera de um livro onde ficasse sempre na espetativa, com vontade de saber o que vem a seguir e de ler cada vez mais. Infelizmente, tal não aconteceu.

 

Antes deste, li dos mesmos autores o livro "A Vidente", também com o mesmo polícia Joona Lina e, apesar de ter gostado mais do que d' O Hipnotista, também não adorei.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Intriga em Bagdade, de Agatha Christie

por Daniela, em 16.08.16

DSCF2572.JPG

 

Pontuação: 4*

Mais um livro da maravilhosa Agatha Christie, onde Bagdade foi o cenário escolhido para mais uma ótima trama desenvolvida pela autora.

A personagem central da história é Veronica Jones, uma bonita dictalógrafa com uma enorme tendência para dizer mentiras tornando todas as suas pequenas aventuras mais romanescas.

Veronica parte para Bagdade afim de encontrar um homem com quem se cruzou uma única vez num jardim. A partir deste dia, a sua vida vai dar voltas e reviravoltas e tornar-se na mais periigosa aventura que já presenciou. Nela entram espiões, terroristas, assassínos, que a irão atormentar e perseguir com um único objetivo, que encontramos quase no final do livro.

Um livro, aliás uma autora, que vale sempre a pena ler.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

DSCF2568.JPG

Dez pessoas completamente aleatórias foram misteriosamente convidadas a passar alguns dias na Ilha do Negro. Pelas mais variadas razões todas acabam por aceitar o convite e, quando dão por si, estão na cozinha do anfitrião a ouvir uma voz que não sabem de onde vem, acusando-os dos mais variados crimes.

O ambiente torna-se pesado quando cada um dos ocupantes da casa vai sendo assassinado de acordo com a lenga-lenga que se encontra em cada um dos quartos.

À medida que os personagens vão morrendo e cada vez mais se instala a desconfiança, também nós como leitores vamos tentando descobrir qual dos ocupantes daquela ilha é o verdadeiro assassino.

O final é absolutamente inesperado e de uma mestria que só poderia vir da rainha dos policiais.

Um livro genial e que nos agarra do princípio ao fim.

 

"Dez meninos negros foram jantar;

Um engasgou-se e sobraram nove.

Nove meninos negros deitaram-se muito tarde;

Um dormiu de mais e sobraram oito.

Oito meninos negros foram viajar pelo Devon;

Um disse que por lá ficava e sobraram sete.

Sete meninos negros foram cortar lenha;

Um cortou-se em dois e sobraram seis.

Sei meninos negros brincaram com uma colmeia;

Um abelhão ferrou um e sobraram cinco.

Cinco meninos negros seguiram a advocacia;

Um foi para o Supremo Tribunal e sobraram quatro.

Quatro meninos negros foram para o mar;

Um caiu no anzol e sobraram três.

Três meninos negros andavam pelo jardim zoológico;

Um levou um chi-coração de um urso enorme e sobraram dois.

Dois meninos negros sentaram-se ao sol;

Um deles ficou assado e sobrou um.

Um menino negro ficou completamente só;

Foi e enforcou-se e não sobrou nenhum."

 

Pontuação: 4.5*

Autoria e outros dados (tags, etc)

Beleza Assassina - Chelsea Cain

por Daniela, em 26.03.16

Beleza Assassina.JPG

 

 

 

 

Título: Beleza Assassina

Autor: Chelsea Cain

Editora: Porto Editora

1ª Edição: 2009

Nº de Páginas: 360

 

 

 

Sinopse: “Após dez anos no encalço de Gretchen Lowell, o detective Archie Sheridan é raptado e torturado durante dez dias pela lindíssima serial killer. Mas, no final, ela decide, misteriosamente, libertá-lo e entregar-se às autoridades.
Gretchen é condenada a prisão perpétua, enquanto Archie é condenado a outro tipo de prisão: viciado em vários medicamentos, não é capaz de regressar à sua antiga vida e não consegue esquecer aqueles dez dias de tortura... nem Gretchen.
Quando outro assassino começa a raptar e assassinar raparigas adolescentes de Portland, Archie é convidado a voltar ao activo e a liderar a equipa que vai investigar os crimes recentes.
A nova investigação dará início a um jogo mortal entre Archie, o novo assassino e... Gretchen Lowell.”

 

Opinião: Tal como diz na capa, é sem dúvida "um thriller arrepiante" com várias passagens capazes de impressionar os leitores mais sensíveis, e que nos fazem pensar se há algum limite para a obscuridade da mente humana.

Archie é o detetive que investigou, há dois anos atrás, o caso apelidado de "Beleza Assassina". Durante a sua investigação, este é raptado e torturado por Gretchen, uma assassina fria e calculista que, durante dez dias, utiliza as técnicas mais violentas e humilhantes imagináveis, com o objetivo de no final e depois de muito tormento o matar. No entanto, ela acaba por decidir salvar-lhe a vida e entregar-se às autoridades.

Gretchen é a melhor personagem do livro. Uma mulher muito atraente e muito perigosa, com tudo o que é preciso para a sua personagem. É fria, cruel e sádica. Consegue levar as suas vítimas a ultrapassar todos os limites só para a agradar.

Archie também nos fascina com a sua luta e com os seus vícios. Muito perspicaz, vive no entanto numa prisão psicológica, entre a vida antes e depois de Gretchen.

A relação entre estes dois personagens é o que nos agarra ao livro do princípio ao fim. Entre Archie e Gretchen desenvolve-se uma relação perturbada e doentia, de cumplicidade e dependência submissa.

O livro desenvolve-se em duas fases: por um lado temos o caso de um raptor, assassino e violador, que aterroriza atualmente a cidade. Este, na minha opinião, com um enredo muito mais frágil, sem qualquer termo de comparação com a relação que descrevi anteriormente. 

Por outro lado, vamos tendo uma visão do que aconteceu há dois anos atrás, através de flash-backs que nos vão desvendando a complexa relação entre Archie e Gretchen.

Gostei do livro, um bom policial, mas que no final deixa várias coisas em aberto. Chelsea Cain já escreveu sequelas deste livro, mas (penso eu) nenhuma delas foi editada em Portugal.

Autoria e outros dados (tags, etc)

A Vidente - Lars Kepler

por Daniela, em 27.02.16

A vidente.JPG

 

 

 

Título: A Vidente

Autor: Lars Kepler

Editora: Porto Editora

1ª Edição: 2015

Nº de Páginas: 536

 

 

 

 

"Uma jovem assassinada num centro de menores. Outra interna fugiu na mesma noite. Tudo indica que há muito mais por detrás do assassino. Poderá a Vidente falar com os mortos e desvendar este mistério?"

 

Sinopse: «Por todo o mundo, sempre que a Polícia se depara com casos particularmente difíceis, recorre a médiuns e espíritas. No entanto, em nenhum documento figura a colaboração de um médium para a resolução de um crime.» Flora Hansen diz-se espírita e garante ser capaz de falar com os mortos. Certo dia, ouve na rádio uma notícia sobre o caso de uma jovem assassinada num centro de acolhimento de menores e, na tentativa de ganhar um dinheiro extra, decide telefonar para a Polícia dizendo que o espírito da morta entrou em contacto com ela. No entanto, os resultados da investigação técnica atribuem a autoria do crime a outra das internas, uma jovem sensivelmente da mesma idade, que desde então está a monte. O comissário da Polícia Joona Linna resiste à versão oficial e inicia uma investigação por sua própria conta. Mas cada nova resposta parece apenas conduzir a um novo enigma e a mais um beco sem saída. E ninguém se dispõe a ouvir a vidente, embora ela fale com os mortos.

 

Opinião: Lars Kepler é o pseudónimo de uma dupla de escritores de sucesso na Suécia: Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. A Vidente é o terceiro llivro desta dupla, comecei por este como poderia ter começado por qualquer um dos outros visto não estarem sequencialmente interligados.

Narrado em pequeníssimos capítulos de cada vez, com descrições intensas e muita tensão, este é um livro onde se quer sempre ler mais um bocadinho. As cenas de crimes são descritas pormenorizadamente, de uma forma realista e, ao contrário do que o nome do livro sugere, com pouquíssimos episódios de contacto sobrenatural.

Não faltam mistérios e dramas a enriquecer a história e, por outro lado, existem também ligações a diversos assuntos e problemáticas encontradas no dia-a-dia.

A ação e o desenrolar da história tem um ritmo cativante, sempre numa escrita fluida que nos prende, numa narrativa bastante psicológica, com muita adrenalina e tensão à mistura.

O desfecho deste crime é de certo modo uma surpresa, no entanto se atentarmos bem em todos os pormenores é uma conclusão que se tira bem antes de ser completamente óbvio.

Autoria e outros dados (tags, etc)

Os Treze Enígmas - Agatha Christie

por Daniela, em 02.05.15

os treze enígmas.jpg

 

 

 

Título: Os Treza Enígmas

Autora: Agatha Christie

Editora: Edições ASA

Edição/Reimpressão: 2004

Nº de Páginas: 128

 

 

 

 

Neste livro, várias pessoas se juntam em casa de Miss Marple no que chamam o grupo das terças-feiras e uma a uma vão revelando pormenores de crimes que conhecem. Estes crimes são sempre inexplicáveis e de difícil resolução e o objetivo é que as restantes pessoas consigam chegar à resolução do enígma proposto.

Este foi o 2º livro que li da Agatha Christie. A capacidade que ela tem de formular crimes com tão pouco prováveis desfechos é incrível.

Miss Marple é uma solteirona de 65/70 anos que sempre viveu na pacata vila de St. Mary Mead. Aparentemente é uma idosa comum que passa o seu tempo a tricotar, considerada por todos confusa e frequentemente posta de parte.

No entanto, possui uma mente lógica e propícia a resolver crimes considerados difíceis pelas outras pessoas.

Neste livro, é ela quem consegue desvendar todos os enígmas que vão sendo propostos, baseando-se sempre no seu profundo conhecimento da natureza humana. Nunca dando importância à sua inteligência, Jane Marple desvenda os enígmas através de comparações com incidentes paralelos ocorridos na própria vila de St. Mary Mead.

Eu gostei do livro, apesar de o 1º que li desta escritora me ter despertado mais atenção. Agatha Christie é uma escritora que hei-de sempre recomendar.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.