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Machado de Assis foi um escritor brasileiro, considerado por muitos um dos maiores nomes da literatura brasileira. Dom Casmurro é um dos seus muitos títulos, publicado em 1899. Nunca tinha lido nada do autor, sendo portanto este o primeiro contacto que tive com a sua escrita. Foi o clássico escolhido para o Clube dos Clássicos Vivos, nos meses de Setembro e Outubro.
Traz-nos a história de Bentinho, apenas sob a sua perspetiva, que se apaixona por Capitu durante a adolescência. A sua mãe prometeu que ele iria para o seminário e Bentinho inicialmente aceitou bem a ideia, mas este amor pela sua amiga de infância vem colocar uma série de dúvidas na sua cabeça.
Fala-nos de ciúme e tem nuances não conclusivas de traição, que criam várias discussões entre os amantes deste clássico. A narração na primeira pessoa torna a história parcial e subjetiva, podendo levar a diferentes interpretações.
Este livro é dividido em capítulos muito curtos, o que nos proporciona um ritmo de leitura rápido. A história é envolvente e a escrita do autor cativante.
O título do livro é desvendado logo no primeiro capítulo.
"Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando!"
As personagens são na sua maioria interessantes e importantes para a história. Bento Santiago, ou Bentinho, é um homem solitário, ingénuo e sensível, criado apenas pela sua mãe extremamente protetora. Capitolina, ou Capitu, é dona de uma personalidade forte, muito inteligente e extrovertida, o completo oposto de Bentinho.
Os locais assinalados são narrados detalhadamente, levando-nos a imaginar o cenário com bastante pormenor.
Apesar de todas as dúvidas, divergências e opiniões diversas, Dom Casmurro é um clássico da literatura brasileira que merece ser lido.
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