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Louisa May Alcott foi uma escritora norte-americana, que se inspirou em muitas das suas experiências pessoais para escrever os seus romances de, principalmente, literatura juvenil.
Em Mulherzinhas, pensa-se que a sua pequena personagem Jo foi baseada em si própria.
Este era um clássico juvenil no qual tinha interesse há já algum tempo. Não sabia nada da história, nunca tinha lido nem visto nada sobre este romance que tantas adaptações teve.
Traz-nos a história de quatro irmãs: Meg, Jo, Beth e Amy; numa época difícil das suas vidas, após verem o pai partir para a guerra civil americana.
Cada capítulo nos conta uma das peripécias destas irmãs, que não são perfeitas e que ainda estão a crescer. Cada uma é diferente das outras e cada uma tem os seus defeitos. À medida que crescem, vão aprendendo e ensinando ao leitor diversas lições de moral e atitude.
É um livro simples, com uma escrita acessível a qualquer um e com um bom ritmo de leitura, sem partes chatas ou aborrecidas.
Tenho muita pena de não ter lido este livro durante a minha adolescência. São várias as mensagens importantes passadas, sejam de amor, amizade ou cumplicidade.
A minha personagem preferida é sem qualquer dúvida a Jo.
O final é um pouco abrupto, de certo muito mais nos será contado na sua continuação, em Boas Esposas.
Deixo-vos alguns dos excertos que mais gostei.
"Gosto de palavras fortes e com significado."
"Há muitas Beths neste mundo, tímidas e sossegadas os seus cantos à espera que alguém precise delas e as chame, a viver tão alegremente em prol dos outros que ninguém se apercebe dos sacrifícios que fazem até que, um dia, o pequeno grilo deixa de cantar e a sua presença doce e radiante desaparece, deixando para trás apenas sombras e silêncio."
"Nunca desistas de tentar e nunca acredites que é impossível vencer os teus defeitos."
"O dinheiro é útil e precioso, e quando devidamente utilizado até é nobre, mas não quero que pensem que é o principal, u o único, prémio pelo qual se deve lutar. Prefiro vê-las casadas com homens pobres, mas amadas, felizes e satisfeitas, do que rainhas nos seus tronos, mas sem paz ou amor-próprio."
Machado de Assis foi um escritor brasileiro, considerado por muitos um dos maiores nomes da literatura brasileira. Dom Casmurro é um dos seus muitos títulos, publicado em 1899. Nunca tinha lido nada do autor, sendo portanto este o primeiro contacto que tive com a sua escrita. Foi o clássico escolhido para o Clube dos Clássicos Vivos, nos meses de Setembro e Outubro.
Traz-nos a história de Bentinho, apenas sob a sua perspetiva, que se apaixona por Capitu durante a adolescência. A sua mãe prometeu que ele iria para o seminário e Bentinho inicialmente aceitou bem a ideia, mas este amor pela sua amiga de infância vem colocar uma série de dúvidas na sua cabeça.
Fala-nos de ciúme e tem nuances não conclusivas de traição, que criam várias discussões entre os amantes deste clássico. A narração na primeira pessoa torna a história parcial e subjetiva, podendo levar a diferentes interpretações.
Este livro é dividido em capítulos muito curtos, o que nos proporciona um ritmo de leitura rápido. A história é envolvente e a escrita do autor cativante.
O título do livro é desvendado logo no primeiro capítulo.
"Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando!"
As personagens são na sua maioria interessantes e importantes para a história. Bento Santiago, ou Bentinho, é um homem solitário, ingénuo e sensível, criado apenas pela sua mãe extremamente protetora. Capitolina, ou Capitu, é dona de uma personalidade forte, muito inteligente e extrovertida, o completo oposto de Bentinho.
Os locais assinalados são narrados detalhadamente, levando-nos a imaginar o cenário com bastante pormenor.
Apesar de todas as dúvidas, divergências e opiniões diversas, Dom Casmurro é um clássico da literatura brasileira que merece ser lido.
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