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"No ano dos meus noventa anos quis oferecer a mim mesmo uma noite de amor louco com uma adolescente virgem"
Memórias das Minhas Putas Tristes é o segundo livro que leio deste autor. Gabriel García Márquez foi um escritor e jornalista Columbiano que faleceu em 2014 com 87 anos, no México. Ganhou o prémio Nobel da Literatura em 1982 e é um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo. A sua obra mais popular é Cem Anos de Solidão.
Este livro traz-nos as vivências de um cronista e crítico musical que acaba de fazer noventa anos e decide contar as suas histórias num pequeno livro. Diz-nos que nunca fez sexo sem pagar e quer ter uma noite de amor com uma adolescente virgem para comemorar o seu aniversário.
O autor transmite-nos reflexões sobre vários temas. Prostituição e Pedofilia. Solidão. Velhice, Amor e Morte. Um dos temas mais abordados será o amor platónico.
Narrado na primeira pessoa, mostrou-me um estilo de escrita que não encontrei no livro que li anteriormente a este, O Amor nos Tempos de Cólera. Ficamos dentro da cabeça do protagonista, tão próximos dele que sabemos na perfeição tudo o que ele está a sentir.
Senti no início alguma resistência em aceitar o facto de que uma menina de apenas catorze anos podesse eventualmente querer perder a virgindade com um velho de noventa. No entanto, há medida que o tempo passa e a história avança, dei por mim a torcer para que eles ficassem juntos.
É uma história de amor e está muito bem escrita. Recomendo a todos este livro que tem pouco mais de cem páginas. Lê-se muito bem e entrei na história muito facilmente.
"Acabavam de festejar as bodas de ouro e não sabiam viver, nem um momento, um sem o outro, nem sem pensarem um no outro, e cada vez sabiam menos à medida que se agravava a velhice"
Do livro O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez*
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