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Patrick Süskind é um escritor e roteirista de televisão alemão, hoje com 69 anos. Confesso que não conheço muito da obra dele, no entanto já publicou alguns livros, nomeadamente A História do Senhor Sommer.

 

O Perfume foi inicialmente publicado no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, um capítulo de cada vez, e teve tanto sucesso que no final desse ano, 1985, foi transformado num livro.

 

Como pano de fundo temos inicialmente a cidade de Paris do século XVIII, que nos traz a história de Jean Baptiste Grenouille, um jovem que nasceu atrás de uma banca de peixe, possuidor de duas características muito peculiares. Tem um olfato extremamente apurado que lhe permite, por exemplo, saber todos os constituíntes de um perfume ou distinguir algo ou alguém a quilómetros de distância. Orienta-se apenas pelos cheiros, sem precisar de qualquer tipo de luz. Além disso, ele próprio não possui qualquer cheiro ou odor, o que lhe permite facilmente passar despercebido entre pessoas e animais.

 

Além de Paris, visitamos ainda Auvergne, Montpellier e Grasse, tudo locais onde o nosso protagonista aprende mais qualquer coisa.

 

A leitura deste livro não foi bem aquilo que estava à espera. Li um romance, quando estava à espera de uma história com mais suspense e arrepios, com mais pormenores gráficos e descrições detalhadas. As partes onde supostamente existe mais ação foram passadas à frente, agrupadas em poucos parágrafos. É apenas a história dele, o que sente, o que quer ou o que cheira. Não quero com isto dizer que o livro seja mau, apenas que não era o que esperava.

 

O final surpreendeu-me, não estava à espera que acontecesse desta forma. Os crimes e a hipocrisia da Paris daquela altura ressaltam à vista num final que não vi de todo a chegar.

 

 

Apesar de Süskind não ser fã de adaptações, este livro foi transformado em filme por Tom Tykwer, em 2006. Com 7,5 pontos no IMDb, a adaptação está bastante fiel ao livro, apesar de existirem algumas diferenças.

 

Alan Rickman aparece num papel importante. O ator principal, a representar Grenouille, é Ben Whishaw. No geral, foi um trabalho bem feito, embora também tenha encontrado algumas partes que achei mais arrastadas.

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Jane Eyre | Charlotte Brontë

por Daniela, em 27.02.18

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Charlotte Brontë foi uma escritora e poetisa inglesa, a mais velha das irmãs Brontë. Publicou Jane Eyre sob o pseudónimo Currer Bell em 1847. Frequentou uma escola de filhas do clero em Cowan Bridge e descreveu-a em detalhe neste romance autobiográfico, disfarçada com o nome Lowood School.

 

Jane Eyre é órfã e em pequena foi deixada ao cuidado de uma tia por afinidade, que não lhe tem afeto. Neste livro, é contada a história de Jane, na primeira pessoa, desde a infância até à vida adulta. Nunca teve uma vida fácil e para conseguir chegar onde chegou teve de lutar contra a pobreza, sempre sozinha e com um temperamento considerado a causa de tudo o que lhe acontece.

 

Não se considera inferior nem superior a ninguém, só por ser pobre, mulher ou pessoa com menos conhecimentos do mundo. Para ela todos são iguais, pois a igualdade reside no espírito e na alma, e ela exige ser tratada de acordo com aquilo que defende.

 

" – Não me parece, senhor, que o mero facto de ser mais velho que eu ou de conhecer melhor o mundo que eu lhe dê o direito de me dar ordens."

 

Na altura da sua primeira publicação, atraiu a atenção do público e dividiu a crítica devido ao carácter impresso na personagem principal, uma mulher que, embora se reja pelo que era considerado normal nas mulheres daquela época, deixa transparecer uma declaração de independência e emancipação da mulher muito fortes.

 

"Espera-se que, em geral, as mulheres sejam calmas, mas a verdade é que as mulheres sentem na mesma medida dos homens; a exemplo dos seus irmãos, elas necessitam de exercitar as suas faculdades e duma actividade em que se empenhar; tal qual como os homens, sofrem com restrições demasiado rígidas, com estagnação excessiva; e é uma prova de estreiteza de vistas da parte dos seus semelhantes mais privilegiados afirmar que elas se deviam contentar em fazer pudins e em tricotar meias, em tocar piano e em bordar sacos. É uma falta de consideração condená-las ou ridicularizá-las quando se empenham em fazer mais ou em aprender mais que aquilo que os costumes decretaram ser necessário para o seu sexo."

 

Fiquei encantada desde as primeiras páginas, tanto que de cada vez que decidia ler só um capítulo, dava por mim perdida na história durante muito mais tempo. Adorei a personagem Jane Eyre, o facto de a história ser contada sob a sua perspetiva une-nos de forma mais estreita a ela, levando-nos a simpatizar desde o início.

 

A crítica à sociedade da época é também muito pronunciada, vemos as diferenças entre ricos e pobres e distinguimos os poderosos dos pouco influentes.

 

A religião também está presente em vários excertos do livro, o que neste caso não foi uma coisa má. Não me considero religiosa nem partilho a fé das personagens desta trama, mas estes excertos chegam a ser inspiradores.

 

A cultura literária também é palpável, vários excertos de obras de outros autores podem ser encontrados ao longo do livro.

 

A escrita é simples e cativante, o enredo e as personagens são bem construídas.

 

 

Depois de ler o livro, vi o filme de 2011 dirigido por Cary Fukunaga. Apesar dos cortes normais que são feitos nas adaptações, achei-o bastante fiel ao livro. Neste caso, foram comprimidas 594 páginas em cerca duas horas de filme.

 

Michael Fassbender foi o ator que protagonizou Edward Rochester, e apesar do seu muito bom trabalho, levou a que a personagem ficasse diferente da do livro, onde é descrito como um homem feio mas com mais genica.

 

A atriz Mia Wasikowska representou muito bem o seu papel de Jane Eyre, embora também não se possa dizer que seja feia como no livro.

 

O início do filme foi feito "in media res", ou seja, começou a meio da trama e foi alternando entre este presente e o passado. As cenas foram trabalhadas ao pormenor e com detalhe. 

 

O final também não é igual, faltam as últimas páginas do livro, embora seja fácil para o espetador imaginar aquilo que falta.

 

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E finalmente, chegou a opinião do último livro desta maravilhosa série que tantos marcou na minha geração, incluindo eu própria.

 

Começamos por nos despedir dos Dursley, que viajam para a segurança de uma casa protegida pela Ordem, muito perto da data em que Harry completará os 17 anos, atingindo assim a maioridade e quebrando o encantamento criado pela sua mãe, quando se sacrificou para o salvar, e continuado pela sua tia, de cada vez que o aceitava em sua casa para passar os Verões.

 

Duas mortes dolorosas são anunciadas logo nas primeiras páginas, deixando-nos desde o início com o coração nas mãos. O clima de perigo continua e mantêm-se praticamente durante todo o livro. Várias outras mortes serão anunciadas ao longo das restantes páginas.

 

A profecia que conhecemos no quinto livro paira agora sobre a cabeça de Harry e guia todos os seus passos. Afinal "nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver".

 

A jornada começada por Dumbledore é agora continuada por Harry, sempre na companhia dos seus grandes amigos Ron e Hermione. No entanto, a procura por Horcruxes vai-se tornando cada vez mais difícil e as formas de os destruir são escassas. Quem poderá ajudá-los?

 

As amizades são postas à prova, a luta está cada vez mais próxima. A morte aparece, uma e outra vez. J. K. Rowling, porquê?

 

E os Talismãs da morte, que dão o título ao livro? Aquele que os reunir será o Senhor da Morte, mas será que são reais ou apenas um conto para crianças?

 

Muitos são os mistérios que vão aparecendo ao longo da história, muitas as revelações que são feitas. Várias pontas soltas são unidas. Percebemos coisas que antes não entendíamos.

 

A pior parte é ser o fim. O fim desta história mágica que cresceu comigo e com tantos outros e que me acompanhou durante toda a minha adolescência.

 

 

 

Nos filmes, apesar de serem dois, várias cenas foram cortadas. Senti falta de conhecer a sala comum dos Ravenclaw, com o seu complicado enigma para resolver à entrada. Também faltaram os elfos domésticos, liderados por Kreacher, a lutar contra os devoradores da morte na Batalha de Hogwarts, sem que ninguém lhe ordenasse. Faltou a história de Dumbledore.

Mas enfim, não se pode negar a qualidade óbvia destas adaptações.

 

"Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo.

A certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes mágicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada.

E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta. Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.

E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencesse sempre os duelos, uma varinha digna de um feiticeiro que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho.
Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos.
E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade.
Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.
A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.
O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.
Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.
E assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.
Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.
No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim, o segundo irmão, louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela.
E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.
Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o Manto de Invisibilidade e o deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida."

 

 

 

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Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling

Harry Potter e a Câmara dos Segredos, de J. K. Rowling

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, de J.K.Rowling

Harry Potter e o Cálice de Fogo, de J. K. Rowling

Harry Potter e a Ordem da Fénix, de J. K. Rowling

Harry Potter e o Príncipe Misterioso, de J. K. Rowling

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Chegámos à sexta leitura da saga Harry Potter. Voldemort voltou mesmo e já não há especulações sobre o seu regresso. Já nem o Ministério da Magia o pode negar.

Harry volta à escola para o seu sexto ano a aprender magia, onde pensa não conseguir prosseguir o seu sonho de se tornar Auror, uma vez que teve apenas um Excede as Expetativas no seu exame do ano anterior e o professor Snape não aceita menos que Brilhantes nas suas turmas do sexto ano. No entanto, o novo professor Horace Slughorn aceita alunos que tenham tirado EE nos seus NPF's.

 

Snape, o antigo professor de Poções, encontra-se agora com outro cargo na escola de magia de Hogwarts, mas será isto um bom presságio?

 

De entre os muitos mistérios que vão aparecendo ao longo do ano, Harry encontra-se na posse de um livro revelador de poderosos e perigosos feitiços. Na parte inferior da contracapa apenas se lê "Este Livro é Pertença do Príncipe Meio-Sangue". Mas quem será realmente este príncipe? E por que motivo escreveu todos aqueles feitiços num livro de estudo?

 

Várias revelações são feitas, o passado de Lord Voldemort é descortinado, desde o tempo em que era ainda conhecido por Tom Riddle.

 

A relação de Harry e Ginny evolui, torna-se mais forte. Nada disto aparece no filme.

 

Novas referências são adicionadas a este já tão vasto mundo mágico. O Juramento Inquebrável, um encantamento que sela uma promessa de um feiticeiro a outro, sendo que se a mesma não for cumprida, quem falhou morre.

 

Encontramos a Amortencia, a poção de amor mais forte do mundo, que tem um cheiro diferente para cada um conforme aquilo que mais nos atrai.

 

Horcrux. Um objeto criado por magia negra, que guarda um pedaço da alma do feiticeiro que o criou. Para conseguir criar um, é necessário cometer um crime que vai contra a Natureza e que mutila a alma: matar um ser humano. Quando um Horcrux é feito, o feiticeiro que o criou fica protegido contra a morte, e mesmo que o seu corpo seja destruído, a sua alma permanecerá viva.

 

O clima pesado e negro iniciado nos livros anteriores continua e torna-se cada vez pior. 

 

 

O filme. Bem, nem sei o que dizer. É sem dúvida o pior de todos, em questões de adaptação. Vários episódios importantes foram cortados, enquanto muitas cenas desnecessárias foram adicionadas.

 

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Harry Potter e a Ordem da Fénix, de J. K. Rowling

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O final do livro anterior veio mudar forçosamente a linha desta história. Afinal, Lord Voldemort voltou a erguer-se, agora em carne e osso, tal como Harry testemunhou. No entanto, o Ministério da Magia não acreditou nele e nega o regresso do feiticeiro negro. 

 

A narrativa começa em Privet Drive, onde Harry passa a maior parte dos seus Verões, na casa dos tios Petúnia e Vernon. Longe de tudo e todos, não sabe o que anda Voldemort a tramar ou o que está a ser feito para o travar. O seu primo, Dudley, e o próprio Harry, são emboscados num beco por dois Dementors, e Harry vê-se obrigado a quebrar as regras da escola e usar magia para se defender. 

 

Do outro lado, Voldemort e os seus fiéis seguidores encontram-se a reunir forças e a preparar o seu regresso ao poder, mesmo debaixo das barbas do Ministério, onde já se infiltraram.

 

Apesar da recusa do Ministro da Magia em aceitar o regresso do feiticeiro mais temido de todos os tempos, uma sociedade secreta, conhecida por Ordem da Fénix e criada por Dumbledore nos tempos da primeira guerra, voltou a juntar-se e luta agora nas sombras contra os estragos dos Devoradores da Morte, protegendo aqueles que precisam de proteção e ajudando aqueles que precisam de ser ajudados.

 

O regresso à escola é marcado pela presença de uma nova professora de Defesa contra as Artes Negras, Dolores Umbridge. Uma mulherzinha pequena e atarracada, enviada pelo Ministério, sádica e desprezível, que não permite o uso de magia nas suas aulas, insistindo que não existe nenhum perigo a ser combatido. No entanto, os alunos que querem realmente aprender não ficam quietos e treinam magia às escondidas.

 

Neste que é o maior volume de toda a série, J. K. Rowling mostra-nos o papel da política no mundo dos feiticeiros, muito falada ao longo da história.

 

A narrativa é ligeiramente mais morosa, mas nunca aborrecida ou maçadora. Apenas existem pormenores mágicos que precisam de atenção e de descrições mais detalhadas.

 

As personagens continuam a ser fenomenais. Sempre bem construídas e sempre a surpreender, crescem e mostram mais das suas muitas camadas. Neville Longbotton foi uma agradável surpresa. Luna Lovegood é uma nova personagem encantadora, que vive com a imaginação a trabalhar ao máximo. Bellatrix Lestrange, uma das mais fiéis devoradoras da morte, é-nos também apresentada, deixando o caos à sua passagem.

 

A morte também é representada. J. K. Rowling deixa-nos com o coração apertado quando nos leva uma das personagens preferidas deste mundo mágico, que ainda tinha tanto para mostrar. Mas a vida não é justa, nem aqui no mundo dos Muggles, nem lá no mundo dos feiticeiros.

 

 

O filme tem muitas diferenças. Várias personagens foram cortadas e várias cenas também. Neville assume também o papel de Dobby, fazendo as falas que deveriam pertencer ao elfo. A amiga de Cho, Marietta, que no livro também pertence ao exército de Dumbledore, é cortada. Cho assume as suas falas e ações, adaptadas à sua personagem. Não sei se este não é o filme com mais diferenças.

 

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Um jogo de Quidditch profissional. O famoso seeker Viktor Krum deslumbra os fãs em cima da sua vassoura. Mas a noite chega e aparecem figuras encapuzadas.

 

"- MORSMORDRE!"

 

A marca negra aparece no céu. A mesma marca que, há tantos anos atrás, desesperava os feiticeiros que a encontravam a pairar por cima das suas casas. A marca que significa morte.

 

Conhecemos as maldições imperdoáveis, que são três e puníveis com pena pesada em Azkaban. Sabemos agora o significado do clarão verde que o nosso herói de vez em quando vê.

 

Os elfos domésticos também têm um grande destaque neste volume. Criaturas que servem os feiticeiros, fazendo todas as tarefas domésticas e tudo aquilo que os amos lhes ordenarem. Vivem vidas miseráveis e são mal tratados. A maior parte deles. Mas há quem não concorde com a exploração destes seres mágicos, e assim vemos nascer a B.A.B.E. - Brigada de Apoio ao Bem-Estar dos Elfos.

 

O torneio dos três feiticeiros regressa. Há muito tempo atrás, três escolas de feitiçaria juntavam-se periodicamente para competir em alguns desafios definidos por um júri competente e eleger a melhor escola de magia. Este ano a tradição voltou. Hogwarts, Durmstrang e Beauxbattons voltam a encontrar-se e a eleger campeões para as representarem. O que poderá correr mal? É o que vamos descobrindo.

 

O primeiro grande volume desta série é marcado pela ação do princípio ao fim. Começamos logo com uma novidade: o enredo não se prende apenas com a perspetiva do Harry. Que outros pontos de vista iremos conhecer?

 

O ambiente sinistro iniciado no terceiro volume adensa-se ainda mais. Maldições imperdoáveis. Tortura. Morte.

 

Um livro extremamente cativante, um enredo perfeito e um final que nos deixa sedentos por mais.

 

"É estranho, mas quando receamos tanto uma coisa que daríamos tudo para fazer o tempo andar mais devagar, este tem a mania de andar mais depressa."

 

"Se queres conhecer o carácter de um homem, vê como ele trata os seus inferiores, não os seus iguais."

 

"A compreensão é o primeiro passo para a aceitação e só com aceitação poderá haver recuperação."

 

"Adormecer a dor durante um tempo torná-la-á pior quando finalmente a sentires."

 

 

O filme tem, como sempre, as suas diferenças. Gira tudo muito à volta do torneiro, o que não acontece no livro, em que as tarefas são espaçadas e muito acontece pelo meio. Algumas cenas e magias interessantes são deixadas de fora, como é exemplo o fumo que vira o mundo de quem por ele passa ao contrário, que aparece numa das tarefas do torneio.

No entanto, vale a pena ver, claro.

 

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Este livro foi a minha terceira leitura para o projeto Pottermania.

 

Começamos por ver que Harry não vai aguentar facilmente uma afronta aos seus falecidos pais, o que se comprova quando transforma a tia Marge, irmã do odiado tio Vernon, num insuflável e a deixa a pairar junto ao teto. Harry foge de casa depois deste episódio, deixando várias pessoas preocupadas devido à recente fuga de Sirius Black, "talvez o prisioneiro mais abominável que passou pela fortaleza de Azkaban".

 

São adicionados vários temas novos a este universo que já conhecemos. Vivemos o tormento de estar perto de um Dementor, criaturas que guardam a prisão de feiticeiros e que sugam toda a felicidade do local onde estão, semeando o desespero naqueles que os sentem.

 

Conhecemos também o Mapa do Salteador, que nos mostra a escola inteira com todos os esconderijos e saídas secretas, bem como todos os seus habitantes a moverem-se onde quer que se encontrem.

"Juro solenemente que não vou fazer nada de bom."

 

Vira-Tempos e Animagus. O cruel.

 

Chateamo-nos com o Snape e apoiamos a Hermione.

"Cinco pontos a menos por ser uma sabichona insuportável."

 

Somos introduzidos a personagens que serão cruciais nos próximos livros, como o Sirius, o Lupin ou até mesmo Peter Petigrew.

 

Este livro marca um importante ponto de viragem na saga. O ambiente é mais pesado, a atmosfera torna-se mais negra e arrepiante. Os perigos deixam de aparecer dentro de Hogwarts para passar a encontrar os personagens fora dos limites da escola. As personagens e as amizades entre elas tornam-se mais maduras.

 

São feitas importantes revelações sobre o passado, que nos ajudam a compreender a forma como tudo chegou exatamente onde está neste momento.

 

A escrita e a linguagem deixa de ser tão infantil como nos primeiros volumes, tornando-se mais desenvolvida e cativante.

 

É considerado um dos melhores livros desta série, que me ocupa tanto espaço no coração.

 

 

O filme está muito bom, melhor que os anteriores, que me desculpe o produtor Chris Columbus.

 

Não está completamente fiel ao livro, tem aliás muito mais diferenças que os anteriores. O Monstruoso Livro dos Monstros, que é comprado pela mãe do Ron, e não oferecido ao Harry pelo Hagrid no seu aniversário. O Crookshanks aparece em cena, e não sabemos onde a Hermione o encontrou. O Dementor no comboio ataca apenas o Harry, enquanto que no livro ataca a maioria dos estudantes. 

 

E uma das piores diferenças, a Flecha de Fogo. A vassoura topo de gama que o Harry recebe pelo correio. No livro recebe-a a meio do ano letivo, depois de partir a sua antiga e estimada Nimbus 2000, por um remetente anónimo. A vassoura é então analisada ao pormenor para descobrir potenciais feitiços e maldições que possa conter. No filme, esta aparece apenas no final, e o remetente é imediatamente identificado.

 

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A minha segunda leitura para o projeto Pottermania. Mais uma entrada em Hogwarts e neste mundo que cresceu comigo. Foi uma releitura, claro. Reencontrei a Ginny e o pequeno Dobby. Conhecemos a rede de Pó de Floo.

 

Neste segundo livro assistimos às tentativas desastrosas de Dobby para salvar a vida a Harry. Tentativas essas que o fazem por exemplo perdeu o comboio para Hogwarts, uma vez que esbarram contra uma passagem fechada. O carro mágico, enfeitiçado por Mr. Weasley entra em ação e leva-os a voar até Hogwarts e a uma série de castigos e gritadores. Perde todos os seus ossos quando é atingido por uma bludger que sem qualquer razão aparente se foca nele, e quando mais tarde o bonito professor Lockart o tenta ajudar com os seus ossos partidos.

 

"A CÂRMARA DOS SEGREDOS FOI ABERTA.

INIMIGOS DO HERDEIRO, CUIDADO."

 

Estranhas mensagens aparecem nas paredes do castelo, enquanto vários ataques são sofridos pelos feiticeiros que descendem de Muggles. Mas quem está por detrás de todos estes ataques? E por que motivo consegue Harry ouvir uma voz vinda das paredes, uma voz que mais ninguém parece perceber?

Somos introduzidos ao termo "busca-pé", que mais tarde também conhecemos por "cepatorta". Familiarizamo-nos com a linguagem das serpentes, o serpentês e com o termo Sangue de Lama, uma ofensa proferida contra os feiticeiros nascidos no ceio de famílias Muggles.

"Sigam as aranhas", diz-nos o Hagrid. Mas onde isso nos levará?

O segundo ano de Harry parece ser recheado de novas aventuras. O relacionamento de Harry com Ginny intensifica-se, criam-se laços que não poderão ser destruídos.

Mais um ano se passa, os nossos heróis continuam as suas aventuras e unem-se cada vez mais. O universo de Harry Potter prende-nos e não nos larga.

Não há muito mais a dizer. É uma história que marca num todo. Cada livro nos aproxima mais das personagens que o integram. Vamos conhecendo as outras personagens, mas secundárias que o trio principal, mas igualmente importantes.

 

"São as tuas escolhas, Harry, que mostram quem de facto tu és, mais do que as tuas capacidades."

 

O filme é considerado o mais fiel ao livro de todos os de Harry Potter. Eu concordo que está bastante fiel, ressalvando o facto de que vi a versão estendida, pelo que não senti falta por exemplo da cena na Borgin & Burkes, quando o Harry fica escondido no armário a ouvir a conversa entre Lucius e o proprietário da loja.

O contacto entre a Ginny e o Harry poderia ter sido muito mais aprofundado, faltou a cena do postal de S. Valentim por exemplo, mas penso que todos concordam que a Ginny nunca teve o prestígio que merecia nos filmes que foram feitos.

 

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Reli o primeiro livro. Pela enésima vez. Este é o primeiro livro de uma história que me marcou, me acompanhou e cresceu comigo.

Conta a história que já todos conhecem: Harry Potter, um jovem de 11 anos, recebe a sua carta para entrar na melhor escola de magia e feitiçaria - Hogwarts - e viver num mundo do qual nunca tinha ouvido falar. Os melhores anos da sua vida começam aqui, quando se afasta dos Dursley, os tios com quem vive e que parecem nutrir um ódio genuíno por ele. Nunca lhe contaram nada acerca da vida dos seus pais, que eram ambos feiticeiros, dizendo-lhe apenas que tinham morrido num acidente de automóvel.

Este ano, Harry Potter descobre finalmente o significado e os valores das palavras amizade e família, enquanto vive experiências únicas na companhia dos seus novos amigos - Ron Weasley e Hermione Granger.

Neste primeiro volume são-nos introduzidas as personagens principais e os locais mágicos mais frequentados.

Sou uma Potterhead, assumo, e tinha de voltar a este mundo. Voltarei mais vezes, claro. Para a próxima vez quero ler em inglês, sem traduções.

J. K. Rowling conseguiu criar um mundo onde entramos e facilmente nos perdemos. Não parece possível ter sido rejeitada tantas vezes. Tem uma capacidade enorme de transmitir para a sua escrita valores e sentimentos, através desta história que tanto encanta como ensina.

Foi maravilhoso voltar a entrar neste mundo e reencontrar-me com as personagens que me são tão familiares.

O primeiro livro é apenas o início e não é o melhor, mas um livro que tanto significado tem para mim e que tanto me marcou não podia ter menos que as cinco estrelas, mesmo tendo passado todos estes anos. É um livro introdutório, que nos dá a conhecer um universo diferente do nosso e que nunca mais iremos deixar. Tanto tempo esperei pela minha carta que nunca chegou.

Em questões de tradução, não está nada boa. Li este mesmo exemplar tantas vezes mas só agora, em adulta, dei por esta falha. Acredito que muito foi perdido do original para este. É também por isso que quero reler em inglês.

 

 

O filme está razoavelmente fiel ao livro. Existem várias cenas diferentes, mas nenhuma delas muda o curso dos acontecimentos. Os atores eram tão novos e isso transparece imenso. Continuo a gostar, claro. Irei sempre amar este mundo.

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Sou o Número Quatro, de Pittacus Lore

por Daniela, em 17.07.17

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Sou o Número Quatro é o primeiro livro de uma série entitulada Os Legados de Lorien, escrita por Pittacus Lore, um pseudónio dos escritores americanos Jobie Hughes e James Frey.

É um livro de ação e ficção científica, que fala sobre um tema que nunca tinha lido: extra-terrestres. Esteve no top de vendas dos EUA durante 18 semanas seguidas e foi a base para um filme que não chegou a ter muito sucesso.

John Smith é o número quatro dos nove lorianos que escaparam do seu planeta - Lorien - quando este se encontrava sob o ataque do vizinho Magadore. Estes nove jovens, juntamente com os seus guardiãos, refugiaram-se no planeta Terra, e estão protegidos por um encantamente que apenas permite que os mogadorianos os eliminem segundo a ordem estabelecida. Três deles já foram descobertos e neste livro conhecemos a perspetiva daquele que é o número quatro.

É um livro cheio de ação e reviravoltas e ainda com um espaço destinado ao amor jovem. A escrita é clara e direta, lê-se muito bem e esperamos sempre pelo que vem a seguir. O final é aberto claro, a convidar a leitura do segundo volume.

 

Adaptação cinematográfica

Em relação ao filme, vi-o algum tempo depois de ler o livro. A ação desenrola-se muito rapidamente, talvez até demais, e muitas das cenas do livro foram condensadas naquela hora e meia. Não se percebe bem de onde surgem os acontecimentos e, ao contrário do livro, não temos nada que nos explique o que vai acontecendo. Não gostei tanto.

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