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Margaret Atwood é uma escritora canadense reconhecida com vários prémios literários. A História de uma Serva, The Handmaid's Tale no original, recebeu o prémio Arthur C. Clarke Award em 1987, dois anos após o seu lançamento. Foi ainda nomeado para outros dois prémios de ficção científica. Apesar disso, a autora não considera este um livro de ficção científica, mas de ficção especulativa, uma vez que a ficção científica é algo que ainda não pode acontecer.

 

Este livro retrata um mundo distópico onde as mulheres são categorizadas, sendo as férteis chamadas Servas. O seu trabalho é conceber filhos para os Comandantes e as Esposas inférteis daquele país. Gileade é o nome deste nome país, situado na antiga América, conquistado por extremistas cristãos da direita.

 

Traz consigo um teor muito político, onde as mulheres e os homens ocupam posições muito distantes. As mulheres voltam a ser muito controladas, sendo-lhes restringidas várias coisas que antes tinham como certas. Não podem ter acesso a nada que lhes estimule o pensamento. De que outra forma aceitariam sem questionar a sorte que lhes calhou?

 

"Vivíamos, como de costume, ignorando. Ignorar não é o mesmo que ignorância, exige esforço da nossa parte."

 

"Passado o primeiro choque, depois de uma pessoa começar a aceitar, o melhor era deixar-se ficar letárgica. Podíamos dizer que estávamos a poupar forças."

 

A história é contada pela voz de Defred, uma Serva que tal como os seus direitos perdeu também o seu nome e identidade, que nos transmite todos os seus pensamentos, ideias e angústias. Como todas as Servas, veste de vermelho para ser facilmente identificada e usa uma touca branca com abas que lhe restringe muito o campo de visão.

 

"Caminhamos, sedadas. O sol está descoberto, há tufos de nuvens brancas no céu, do tipo que lembra ovelhas sem cabeça. Por causa das nossas abas, dos nossos antolhos, é difícil olhar para cima, é difícil conseguir uma visão completa do céu, seja do que for. Mas podemos fazê-lo, um pouco de cada vez, um movimento rápido da cabeça, para cima e para baixo, para o lado e para trás. Aprendemos a olhar para o mundo em arquejos."

 

A escrita da autora é cuidada e com muita atenção ao detalhe. Salta várias vezes entre o presente e o passado. Passam vários capítulos até começarmos a compreender como foi possível chegar a este ponto.

 

Quando terminamos a leitura, não encontramos um final fechado. São deixadas muitas pontas soltas num final mais aberto do que estava à espera.

 

 

Recentemente, comecei a assistir à série. As diferenças são muitas e enormes. Pegaram na ideia e criaram uma série a partir dela. Vão aparecendo vários episódios do livro, e foram acrescentando mais. Mas estou quase a terminar a primeira temporada e a gostar!

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Sobre o livro...

 

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O terceiro livro desta trilogia dividiu as opiniões dos leitores. Houve quem adorasse este final e houve também quem odiasse. Eu gostei do final embora não tenha acontecido da maneira que previ. Gostei do livro no geral, embora não tenha de todo superado Em Chamas.

Este livro é o que nos traz mais despedidas, despedidas necessárias e dolorosas. Continuamos a ver tudo o que acontece da perspetiva de Katniss Everdeen, e ela mostra-se mais forte e focada em atingir o seu objetivo. O seu melhor amigo, Gale, destaca-se muito mais neste volume do que nos anteriores. Mostra que está sempre lá para a apoiar e mostra também mais de si que não pudemos ver nos outros livros. 

Peeta tem agora uma nova luta para além daquela a ser travada por todos contra o Capitólio. Devido aos acontecimentos ocorridos no segundo volume, Peeta vê-se agora a lutar contra si próprio, vê-se falhar e recomeçar uma e outra vez.

Um dos personagens que gostei mais neste volume foi Finnick, que conhecemos no anterior volume e que agora também se revelou muito mais. Outro dos personagens, o mais odiado por Katniss é quem acaba por lhe mostrar o caminho e ajudá-la na sua decisão.

O final é feliz e surpreendeu-me, uma vez que estava à espera que a escolha de Katniss fosse exatamente a contrária.

 

e a adaptação...

  

 

 

 

Este livro foi dividido em dois filmes. O primeiro filme acaba por se tornar arrastado devido à falta de ação que acaba por existir. Andam para cá e para lá mas, no geral, não acontece nada de emocionante.

No segundo filme, muda um bocadinho. Começamos a ver mais da revolta dos distritos e a acompanhar mais as batalhas entre estes e o Capitólio.

Acho que foram cortadas e alteradas partes que ficariam melhor como estavam no livro. Dariam mais impacto, principalmente uma das cenas finais em que Katniss é chamada a atirar e, no livro, apenas tem uma seta e pode atirar apenas a um alvo o que a leva a ter mesmo de escolher. No filme não é assim, ela podia perfeitamente ter atirado para vários locais.

No geral, gostei do filmes, tal como gostei dos anteriores e acho que foi uma boa adaptação.

 

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Em Chamas, de Suzanne Collins

por Daniela, em 13.04.17

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Este volume foi muito mais intenso do que o primeiro. Os instintos de sobrevivência e os limites do ser humano continuaram a ser fortemente explorados, o desespero dos concorrentes dos temíveis Jogos da Fome sentiram-se ainda mais injustiçados desta vez.

A comunicação social é muito mais utilizada neste livro e usada como uma forma de infligir medo e reservas aos que a veêm. 

O tema principal é o mimi-gaio, um pássaro que surgiu do cruzamento de uma ave de desenvolvimento natural com um mute. Este mute - uma ave que foi manipulada geneticamente de forma a atingir os propósitos do Capitólio, no caso, ouvir e reproduzir conversas inteiras - cruzando-se com uma ave de canto, deu origem a um animal que reproduz os canticos que ouve de forma precisa. Este animal foi o simbolo usado pela Katniss nos primeiros jogos e tornou-se agora num simbolo de revolta, que mostra a todo o Panem que mesmo o que foi idealizado pelo Capitólio se pode virar contra ele.

O segundo livro agarrou nas premissas deixadas pelo primeiro e tornou-se ainda melhor, fornecendo uma leitura ainda mais frenética e desenfreante. Com um ritmo de leitura muito rápido, o que permite começar e termnar o livro numa questão de alguns dias.

O final é muito intenso e deixa-nos ansiosos para pegar no terceiro e último livro.

 

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Os Jogos da Fome, de Suzanne Collins

por Daniela, em 16.03.17

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O primeiro de uma trilogia que já quase todos conhecem. Eu já tinha visto o filme, ainda não tinha lido o livro.

Passado em Panem, um país que surgiu das cinzas da América do Norte, e situado num futuro pós apocalítico depois de os distritos se rebelaram contra a capital resultando disto apenas a destruição do distrito 13.

De forma a mostrar que os restantes distritos estão completamente à sua mercê, o Capitólio organiza todos os anos os chamados Jogos da Fome, em que cada um dos 12 distritos restantes terá de doar um rapaz e uma rapariga com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos . Estes jovens são chamados tributos e serão lançados numa arena onde têm de lutar até à morte e de onde apenas um deles poderá sair com vida.

Uma permissa e um conceito interessante que a autora desenvolveu com grande mestria. 

É um livro narrado na primeira pessoa, o que nos permite entrar na mente de Katniss Everdeen, a rapariga que se voluntaria para os jogos, de forma a tomar o lugar da nomeada Primrose Everdeen, sua irmã.

A escrita é muito fluida e prática e o livro agarra-nos até ao final. O final não foi a melhor parte, embora o facto de já ter visto o filme possa ter estragado toda a surpresa.

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