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E finalmente, chegou a opinião do último livro desta maravilhosa série que tantos marcou na minha geração, incluindo eu própria.
Começamos por nos despedir dos Dursley, que viajam para a segurança de uma casa protegida pela Ordem, muito perto da data em que Harry completará os 17 anos, atingindo assim a maioridade e quebrando o encantamento criado pela sua mãe, quando se sacrificou para o salvar, e continuado pela sua tia, de cada vez que o aceitava em sua casa para passar os Verões.
Duas mortes dolorosas são anunciadas logo nas primeiras páginas, deixando-nos desde o início com o coração nas mãos. O clima de perigo continua e mantêm-se praticamente durante todo o livro. Várias outras mortes serão anunciadas ao longo das restantes páginas.
A profecia que conhecemos no quinto livro paira agora sobre a cabeça de Harry e guia todos os seus passos. Afinal "nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver".
A jornada começada por Dumbledore é agora continuada por Harry, sempre na companhia dos seus grandes amigos Ron e Hermione. No entanto, a procura por Horcruxes vai-se tornando cada vez mais difícil e as formas de os destruir são escassas. Quem poderá ajudá-los?
As amizades são postas à prova, a luta está cada vez mais próxima. A morte aparece, uma e outra vez. J. K. Rowling, porquê?
E os Talismãs da morte, que dão o título ao livro? Aquele que os reunir será o Senhor da Morte, mas será que são reais ou apenas um conto para crianças?
Muitos são os mistérios que vão aparecendo ao longo da história, muitas as revelações que são feitas. Várias pontas soltas são unidas. Percebemos coisas que antes não entendíamos.
A pior parte é ser o fim. O fim desta história mágica que cresceu comigo e com tantos outros e que me acompanhou durante toda a minha adolescência.
Nos filmes, apesar de serem dois, várias cenas foram cortadas. Senti falta de conhecer a sala comum dos Ravenclaw, com o seu complicado enigma para resolver à entrada. Também faltaram os elfos domésticos, liderados por Kreacher, a lutar contra os devoradores da morte na Batalha de Hogwarts, sem que ninguém lhe ordenasse. Faltou a história de Dumbledore.
Mas enfim, não se pode negar a qualidade óbvia destas adaptações.
"Era uma vez três irmãos que caminhavam por uma estrada solitária e sinuosa ao crepúsculo.
A certa altura, os irmãos chegaram a um rio demasiado fundo para passar a pé e demasiado perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes mágicas, por isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as aguas traiçoeiras. Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada.
E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta. Fingiu felicitar os três irmãos pela sua magia e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido suficientemente esperto para a evitar.
E assim, o irmão mais velho, que era um homem combativo, pediu uma varinha mais poderosa que todas as que existissem: uma varinha que vencesse sempre os duelos, uma varinha digna de um feiticeiro que vencera a Morte! Portanto a Morte foi até um velho sabugueiro na margem do rio, moldou uma varinha de um ramo tombado e deu-a ao irmão mais velho.Depois, o segundo irmão, que era um homem arrogante, decidiu que queria humilhar ainda mais a Morte e pediu o poder de trazer outros de volta da Morte. Então a Morte pegou numa pedra da margem do rio e deu-a ao segundo irmão, dizendo-lhe que a pedra teria o poder de fazer regressar os mortos.E depois a Morte perguntou ao terceiro irmão, o mais jovem, do que gostaria ele. O irmão mais novo era o mais humilde e também o mais sensato dos irmãos, e não confiava na Morte. Por isso, pediu qualquer coisa que lhe permitisse sair daquele local sem ser seguido pela Morte. E esta, muito contrariada, entregou-lhe o seu próprio Manto de Invisibilidade.Depois a Morte afastou-se e permitiu que os três irmãos prosseguissem o seu caminho, e eles assim fizeram, falando com espanto a aventura que tinham vivido, e admirando os presentes da Morte.A seu tempo, os irmãos separaram-se, seguindo cada um o seu destino.O primeiro irmão continuou a viajar durante uma semana ou mais e, ao chegar a uma vila distante, foi procurar um outro feiticeiro com quem tinha desavenças. Naturalmente, com a Varinha do Sabugueiro como arma, não podia deixar de vencer o duelo que se seguiu. Abandonando o inimigo morto estendido no chão, o irmão mais velho dirigiu-se a uma estalagem onde se gabou, alto e bom som, da poderosa varinha que arrancara à própria Morte, e que o tornava invencível.Nessa mesma noite, outro feiticeiro aproximou-se silenciosamente do irmão mais velho, que se achava estendido na sua cama, encharcando em vinho. O ladrão roubou a varinha e, à cautela, cortou o pescoço ao irmão mais velho.E assim a Morte levou consigo o irmão mais velho.Entretanto, o segundo irmão viajara para sua casa, onde vivia sozinho. Aí, pegou na pedra que tinha o poder de fazer regressar os mortos, e fê-la girar três vezes na mão. Para seu espanto e satisfação, a figura da rapariga que em tempos esperava desposar, antes da sua morte prematura, apareceu imediatamente diante dele.No entanto, ela estava triste e fria, separada dele como que por um véu. Embora tivesse voltado ao mundo mortal, não pertencia verdadeiramente ali, e sofria. Por fim, o segundo irmão, louco de saudades não mitigadas, suicidou-se para se juntar verdadeiramente com ela.E assim a Morte levou consigo o segundo irmão.Mas embora procurasse durante muitos anos o terceiro irmão, a Morte nunca conseguiu encontra-lo. Só ao atingir uma idade provecta é que o irmão mais novo tirou finalmente o Manto de Invisibilidade e o deu ao seu filho. E então acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida."
Opiniões anteriores:
Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling
Harry Potter e a Câmara dos Segredos, de J. K. Rowling
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, de J.K.Rowling
Harry Potter e o Cálice de Fogo, de J. K. Rowling
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