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Título: Histórias com 100 palavras
Autor: Filipe Piteira
Editora: Chiado Editora
1ª Edição: 2015
Nº de Páginas: 102
"Só o número de palavras é limitado,
tudo o resto é infinito"
Sinopse: Histórias sobre o Homem comum que levam o leitor por si próprio ao exercício da reflexão e da representação visual, proporcionando um imaginário que a cada um somente pertence.
Opinião: Um livrinho pequeno, que se lê num instante, com 48 diferentes histórias, cada uma com aproximadamente 100 palavras. Achei a ideia deste livro bastante engraçada, recebi-o a partir da parceria do blog com a Chiado Editora. É um livro com uma escrita clara e simples que aglomera contos da vida quotidiana e de realidades comuns ou, quem sabe, algumas memórias e dedicatórias.
Cada história é diferente da anterior, havendo espaço para bastantes temas. Existem histórias de amor, histórias divertidas, de solidão, de lúxuria ou simplesmente histórias em forma de desabafo.
Deixo-vos aqui duas das pequenas histórias deste livro:
"TRANSCENDÊNCIA
Os dois caminham de mão dada em direção à luz, na ingenuidade de uma vida levada por pequenas coisas singulares, simples e singelas. Neste percurso ambos procuram o sexto sentido que é o culminar de uma série de obstáculos sonoros e visuais com que se deparam e de texturas que se apalpam e que aos poucos numa luta por cada um se transformarão num só. Eles entreolham-se exaustos e percebem que foram absorvidos por algo belo, romântico e sedutor, o suficiente para que sintam que ali, lado a lado, que podem por fim, se entregar um ao outro e partir."
"BASEADO NUMA HISTÓRIA VERÍDICA
Apesar do ambiente sujo e do odor mofento, ele sentia-se bem naquela mesa de bar. Conhecia cada um dis homens hostis que por ali entravam e saiam numa correria doida por deleito. O castanho-escuro daquela mesa de madeira decadente já estava usado e gasto pelos anos e queimado pela luz, pelos bafos e cinzas de cigarro. Em frente estava uma estante húmida com livros encardidos que ninguém tocara mais por tenência. Ele não se incomodava, até conhecia de cor as manchas de bolor que permaneciam e as novas que se multiplicavam no teto, assim como as rugas da sua vida"
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