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Hoje venho desvendar oito livros que ainda não li mas sinto que já o deveria ter feito. A maioria deles não tenho na estante.
Moby Dick, por Herman Melville
Sinopse: Moby-Dick, obra prima de Melville, o mais experimental dos romances, é a história de um louco e da sua vingança. Depois de ter sido mutilado por uma baleia, o capitão Ahab procura vingar-se. A baleia é Moby Dick, um ser gigantesco, o terror dos baleeiros. Pequod é o navio, em que Ahab instala um poder tirânico com o único propósito de abater o monstro dos mares, objecto de toda a sua raiva. Melville leva-nos por uma viagem inolvidável, uma rota orientada pelo desespero, a loucura e a crueldade. Este livro é hubris pura: conflito, confronto, ressentimento e ódio. É a aventura e o romance convertidos em mito. Um dos livros mais importantes jamais escritos. Entre as tábuas do Pequod, concentra-se toda a humanidade. A beleza e a tragédia do ser humano, cercado por um impiedoso oceano e dominado pelo turbilhão de uma vingança sem sentido. A luta do homem contra o homem, a luta do homem contra a natureza. No fim, a inevitável derrota. Um livro para ler e reler, que inclui ainda um ensaio de D.H. Lawrence sobre Moby-Dick.
Os Maias, Eça de Queirós
Sinopse: Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura narrativa portuguesa. Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.
Cem Anos de Solidão, por Gabriel García Márquez
Sinopse: "Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo."
Com estas palavras - tão célebres já como as palavras iniciais do Dom Quixote ou de À Procura do Tempo Perdido - começam estes Cem Anos de Solidão, obra-prima da literatura comtemporânea, traduzida em todas as línguas do mundo, que consagrou definitivamente Gabriel García Márquez como um dos maiores escritores do nosso tempo.
A fabulosa aventura da família Buendía-Iguarán com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações são a representação ao mesmo tempo do mito e da história, da tragédia e do amor do mundo inteiro.
Orgulho e Preconceito, por Jane Austen
Sinopse: Uma clássica história de amor e mal-entendidos que se desenrola em finais do século XVIII e retrata de forma acutilante o mundo da pequena burguesia inglesa desse tempo. Um mundo espartilhado por preconceitos de classe, interesses mesquinhos e vaidades sociais, mas que, no romance, acabam por ceder lugar a valores mais nobres: o amor.
As cinco irmãs Bennet, Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty, foram criadas por uma mãe cujo único objetivo na vida é encontrar maridos que assegurem o futuro das filhas. Mas Elizabeth, inteligente e sagaz, está decidida a ter uma vida diferente da que lhe foi destinada.
Quando Mr. Bingley, um jovem solteiro rico, se muda para uma mansão vizinha, as Bennet entram em alvoroço…
O Diário de Anne Frank, por Anne Frank
Sinopse: Escrito entre 12 de junho de 1942 e 1 de agosto de 1944, O Diário de Anne Frank foi publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, revelando ao mundo o dia a dia de dois longos anos de uma adolescente forçada a esconder-se, juntamente com a sua família e um grupo de outros judeus, durante a ocupação nazi da cidade de Amesterdão.
Todos os que se encontravam naquele pequeno anexo secreto acabaram por ser presos em agosto de 1944, e em março de 1945 Anne Frank morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, a escassos dois meses do final da guerra na Europa. O seu diário tornar-se-ia um dos livros de não ficção mais lidos em todo o mundo, testemunho incomparável do terror da guerra e do fulgor do espírito humano.
Os Miseráveis, por Vitor Hugo
Sinopse: Romance social marcado por uma vasta análise de costumes da França de meados do século XIX. Os Miseráveis revela uma grande complexidade tanto ao nível da escrita como da própria intriga, misturando intimamente realismo e romantismo.
Num contexto histórico que cobre o período entre a batalha de Waterloo e as barricadas de Paris, Victor Hugo apresenta-nos a história de Jean Valjean, um popular prisioneiro condenado por ter roubado um pão e cuja pena será agravada por tentativa de evasão Em vez de ser reeducado pela justiça humana para a vida civil, é endurecido no mal.
Esta história, imbuída de misticismo e maravilhoso, é, antes de mais, uma denúncia de todo o tipo de injustiças, espelhando a forma exemplar as contradições e grandezas daquele século.
Guerra e Paz, por Lév Tólstoi
Sinopse: Guerra e Paz, escrito entre 1865 e 1869, é, sem dúvida, a obra-prima de Tolstoi e aquela que mais o fixou na memória da posteridade. Obra monumental a todos os títulos, uma das maiores da literatura de todos os tempos, Guerra e Paz continua, passado mais de um século sobre o seu aparecimento, a apaixonar os leitores de todo o mundo e a inspirar o cinema, que a tem traduzido para a tela em sucessivas versões.
Tomando como moldura as campanhas napoleónicas de 1805 e 1812, Tolstoi traça-nos um quadro assombroso da Rússia do século XIX, sobretudo da sua alta sociedade, presente nas famílias Bolkonsky e Rostov.
Largo fresco histórico, enriquecido por análises psicológicas de grande profundidade, Guerra e Paz é também o repositório da filosofia do próprio Tolstoi, com o seu amor pelos humildes e a sua simpatia por todos aqueles que —desde o soldado Karataiev até ao general Kutuzov — renunciaram a toda a concepção agressiva da existência.
Crime e Castigo, por Fiódor Doistoiévski
Sinopse: Raskolnikoff, um jovem estudante de Direito a atravessar graves dificuldades económicas, decide matar uma velha agiota. Imbuído de um forte sentido de justiça social, vai executar o seu plano convicto de que é uma gesta digna apenas de homens extraordinários. Mas algo inesperado acontece, e Raskolnikoff acaba por perder totalmente o controlo da situação. Daí em diante, passará a viver atormentado por um fortíssimo sentimento de culpa, forma de inferno interior que não se extingue e exige expiação.
Dostoievski imprime grande espessura e densidade psicológica às suas personagens, cujas motivações, sejam elas conscientes ou inconscientes, são exploradas de forma verdadeiramente inovadora.
E vocês, já leram estes livros? Quais são os que aindam não leram mas já deveriam ter lido?
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