Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
Madeline Whittier é uma rapariga que acaba de chegar aos seus 18 anos. Toda a sua vida foi passada longe do resto do mundo porque ela vive com uma doença, designada SCID, ou seja, imunodeficiencia combinada grave. O seu sistema imunológico não se desenvolve e Madeline cria alergias a qualquer coisa e, de forma a evitar isso, vive fechada em casa desde pequena.
Os seus dias são muito monótonos, tem aulas pelo Skype, lê livros e à noite joga jogos com a mãe. É então que a casa ao lado é ocupada por uma família e Madeline conhece Olly. A partir daí, tudo fica diferente.
Comprei este livro no mês passado com a intenção de o ler antes de sair o filme. É um YA, um livro leve e que se lê muito rápido, dei por mim a querer ler sempre mais. A história é muito envolvente e a escrita simples e fluida.
É um livro lindo, não só a história como o próprio livro, cheio de excertos e imagens ou notas da protagonista. Fala-nos de amor, de risco e de força de viver. Traz-nos também contacto com depressão e violencia doméstica.
Nas últimas páginas houve uma reviravolta que não esperava e que me impediu de dar as cinco estrelas, no entanto não deixou de ser um livro que adorei ler.
Sobre o livro...
Mais um para o projeto Livros no Ecrã, desta vez de Nicholas Sparks. É o primeiro livro que leio do autor e entrei nesta história sem grandes espectativas, e a verdade é que não me surpreendeu por aí além. Sim, tem passagens fofinhas e é romântico e essas coisas todas. No entanto, talvez seja muito cliché. Não sabia nada da história, mas soube quase sempre o que ia acontecer a seguir, o que estraga sempre um bocadinho as coisas não é?
O tema principal é a doença que magoa tanta gente por aí: o Alzéimer. Quando visitamos alguém que conhecemos desde pequenos e que sofre desta doença, o olhar de confusão e a pergunta nem sempre formulada que os olhos da pessoa transmitem é o pior.
Bem, gostei das personagens principais. Allie é uma mulher forte que mesmo contra as probabilidades consegue fazer as coisas de maneira calma e acertada. Noah é o homem do charme, tão protetor e meigo, que cuida da sua menina até ao fim.
Houve passagens da história que poderiam ter sido mais aperfeiçoadas, era interessante saber mais sobre o passado de algumas das personagens e haver mais pormenores em relação ao que vai acontecendo. Lon, por exemplo, é muito pouco explorado, não sabemos nada sobre ele e acabamos o livro sem saber nada.
A escrita também não me agarrou, estava à espera de uma escrita mais rica, mais perfeita e, no entanto, deparei-me muitas vezes com frases que pareciam ter sido escritas para um YA por exemplo.
E depois a mensagem que traz, que o amor cura tudo, supera qualquer espetativa e consegue derrotar qualquer barreira.
...e a adaptação
É verdade, foi um dos raros casos em que gostei mais do filme do que do livro.
Alguns dos detalhes que faltavam no livro foram preenchidos, algumas personagens mais exploradas. A linha principal da história foi a mesma, no entanto houve várias alterações.
As personagens não são muito diferentes do que tinha imaginado, com a excepção de Noah, que é completamente diferente.
O filme prendeu-me muito mais do que o livro e até chorei. É bom quando isto acontece!
Sobre o livro...
Esta é um obra incrível. Adorei este livro, é daqueles que quando acaba apetece logo começar outra vez. Comecei-o com as expetativas elevadas e não me desiludi.
Como pano de fundo temos uma pequena cidade alemã, Molching, em plena 2ª Guerra Mundial. A nossa protagonista, a pequena Liesel Meminger, foi adotada por dois alemães - Hans e Rosa Hubermann - e desenvolve um grande gosto pelos livros e pelas palavras mesmo antes de saber ler. A narradora é a Morte. É a Morte que nos conta a história de Liesel, da sua família e amigos, enquanto se caracteriza a si própria como a que mais trabalhou naquela época.
Enquanto a história de Liesel é construída, são-nos também apresentadas uma série de personagens secundárias muito bem inseridas e contextualizadas no ambiente que se vivia na altura. O medo, a opressão e as dificuldades que muita gente passou naquela altura é constantemente relembrado.
Nestas mesmas pessoas, vemos que nem todos eram iguais, nem todos admiravam e seguiam os passos do Führer. Vários recusavam-se a aceitar perder a sua humanidade, fazendo o mínimo possível de forma a evitar represálias. Todas as personagens são extremamente ricas e bem constituídas.
A pequena Liesel, com a sua inocência e a sua paixão pelas palavras. Os pais adotivos que pareciam tão diferentes um do outro mas que afinal mantêm as mesmas crenças e o mesmo coração e que se tornaram em duas personagens tão importantes, tão bondosos e tão humanos no meio dos nazis de quem querem distancia. O pequeno Rudy com o cabelo cor de limão, vizinho e melhor amigo de Liesel, que quer ser igual a um atleta negro. Max, um judeu considerado como lixo, mas das melhores pessoas que encontramos neste livro.
Enfim, a necessidade de nos mantermos humanos mesmo nas piores condições, o poder curativo dos livros e das histórias que eles trazem, as diferenças existentes na altura entre a classa baixa e alta. Temas fortes e difíceis, momentos que nos apertam o peito, é disto que este livro é feito! Dos melhores livros que li nos últimos tempo,
...e o filme
No filme está tudo muito mais resumido, embora este também seja muito bom. Várias cenas foram cortadas e outras tantas agrupadas numa só. Tinha de ser, ou daria um filme enorme. No entanto, a relação de Liesel com Max poderia ter sido muito melhorada, vários capítulos importantes foram cortados.
Também o papel dos livros foi menos desenvolvido no filme. No livro, Liesel tem especial carinho por cada um e agarra-se a um de cada vez saboreando-o vezes sem contas, sem se importar pela quantidade de livros que tem.
A atriz Sophie Nélisse desempenhou muito bem o seu papel, conseguindo transmitir todas as emoções da pequena Liesel. A narração efetuada pela Morte também foi muito bem conseguida. O final também foi muito emocionante e das melhores partes do filme.
Goodreads - Facebook - Instagram
Sobre o livro...
O terceiro livro desta trilogia dividiu as opiniões dos leitores. Houve quem adorasse este final e houve também quem odiasse. Eu gostei do final embora não tenha acontecido da maneira que previ. Gostei do livro no geral, embora não tenha de todo superado Em Chamas.
Este livro é o que nos traz mais despedidas, despedidas necessárias e dolorosas. Continuamos a ver tudo o que acontece da perspetiva de Katniss Everdeen, e ela mostra-se mais forte e focada em atingir o seu objetivo. O seu melhor amigo, Gale, destaca-se muito mais neste volume do que nos anteriores. Mostra que está sempre lá para a apoiar e mostra também mais de si que não pudemos ver nos outros livros.
Peeta tem agora uma nova luta para além daquela a ser travada por todos contra o Capitólio. Devido aos acontecimentos ocorridos no segundo volume, Peeta vê-se agora a lutar contra si próprio, vê-se falhar e recomeçar uma e outra vez.
Um dos personagens que gostei mais neste volume foi Finnick, que conhecemos no anterior volume e que agora também se revelou muito mais. Outro dos personagens, o mais odiado por Katniss é quem acaba por lhe mostrar o caminho e ajudá-la na sua decisão.
O final é feliz e surpreendeu-me, uma vez que estava à espera que a escolha de Katniss fosse exatamente a contrária.
e a adaptação...
Este livro foi dividido em dois filmes. O primeiro filme acaba por se tornar arrastado devido à falta de ação que acaba por existir. Andam para cá e para lá mas, no geral, não acontece nada de emocionante.
No segundo filme, muda um bocadinho. Começamos a ver mais da revolta dos distritos e a acompanhar mais as batalhas entre estes e o Capitólio.
Acho que foram cortadas e alteradas partes que ficariam melhor como estavam no livro. Dariam mais impacto, principalmente uma das cenas finais em que Katniss é chamada a atirar e, no livro, apenas tem uma seta e pode atirar apenas a um alvo o que a leva a ter mesmo de escolher. No filme não é assim, ela podia perfeitamente ter atirado para vários locais.
No geral, gostei do filmes, tal como gostei dos anteriores e acho que foi uma boa adaptação.
Este volume foi muito mais intenso do que o primeiro. Os instintos de sobrevivência e os limites do ser humano continuaram a ser fortemente explorados, o desespero dos concorrentes dos temíveis Jogos da Fome sentiram-se ainda mais injustiçados desta vez.
A comunicação social é muito mais utilizada neste livro e usada como uma forma de infligir medo e reservas aos que a veêm.
O tema principal é o mimi-gaio, um pássaro que surgiu do cruzamento de uma ave de desenvolvimento natural com um mute. Este mute - uma ave que foi manipulada geneticamente de forma a atingir os propósitos do Capitólio, no caso, ouvir e reproduzir conversas inteiras - cruzando-se com uma ave de canto, deu origem a um animal que reproduz os canticos que ouve de forma precisa. Este animal foi o simbolo usado pela Katniss nos primeiros jogos e tornou-se agora num simbolo de revolta, que mostra a todo o Panem que mesmo o que foi idealizado pelo Capitólio se pode virar contra ele.
O segundo livro agarrou nas premissas deixadas pelo primeiro e tornou-se ainda melhor, fornecendo uma leitura ainda mais frenética e desenfreante. Com um ritmo de leitura muito rápido, o que permite começar e termnar o livro numa questão de alguns dias.
O final é muito intenso e deixa-nos ansiosos para pegar no terceiro e último livro.
Goodreads - Facebook - Instagram
O primeiro de uma trilogia que já quase todos conhecem. Eu já tinha visto o filme, ainda não tinha lido o livro.
Passado em Panem, um país que surgiu das cinzas da América do Norte, e situado num futuro pós apocalítico depois de os distritos se rebelaram contra a capital resultando disto apenas a destruição do distrito 13.
De forma a mostrar que os restantes distritos estão completamente à sua mercê, o Capitólio organiza todos os anos os chamados Jogos da Fome, em que cada um dos 12 distritos restantes terá de doar um rapaz e uma rapariga com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos . Estes jovens são chamados tributos e serão lançados numa arena onde têm de lutar até à morte e de onde apenas um deles poderá sair com vida.
Uma permissa e um conceito interessante que a autora desenvolveu com grande mestria.
É um livro narrado na primeira pessoa, o que nos permite entrar na mente de Katniss Everdeen, a rapariga que se voluntaria para os jogos, de forma a tomar o lugar da nomeada Primrose Everdeen, sua irmã.
A escrita é muito fluida e prática e o livro agarra-nos até ao final. O final não foi a melhor parte, embora o facto de já ter visto o filme possa ter estragado toda a surpresa.
Pontuação: 4*
Este livro trouxe-me um pequeno regresso ao mundo de Harry Potter. As personagens são diferentes e o livro conta histórias passadas muitos anos antes da saga, mas a magia está lá.
Este é um livro escrito por Newt Scamander que todos os feiticeiros têm em sua casa e que utilizam para os ajudar a lidar com qualquer tipo de monstro. Este livro é então um dicionário de monstros onde aparecem as suas características, os sítios onde se pode encontrar cada um e onde são classificados numa escala de um a cinco segundo o seu nível de perigosidade. Explica-nos ainda o que é um monstro, como foi decidido se cada ser seria ou não classificado como tal e mostra-nos algumas histórias relacionadas com os conhecimentos dos Muggles sobre eles.
As receitas dos exemplares vendidos deste livro revertem a favor da organização Comic Relief, que luta contra a pobreza principalmete do Reino Unido e de Países Africanos.
ADAPTAÇÃO CINEMATOGRÁFICA
Pontuação: 5*
Como seria de esperar, este primeiro filme é apenas baseado neste livro - era difícil fazer um filme sobre um dicionário de montros. É, no entanto, dos raros casos em que gostei ainda mais do filme.
Newt Scamander, maravilhosamente representado no ecrã por Eddie Redmayne, está ainda a meio da sua pesquisa para realizar o seu livro e anda com uma mala cheia de monstros atrás.
Adorei cada minuto do filme, cada segundo de magia e cada instante de lembrança de um mundo com o qual cresci.
Revi no personagem Credence uma clara presença da J.K.Rowling, representando ele a falta de amor e as consequências que daí advêm. Outro dos valores mais prezados na saga de J.K. é a amizade, presente neste filme através das personagens Newt, Tina, Queenie e Jacob.
"A oitava história. Dezanove anos depois."
Pontuação: 3*
Pois é, o mundo de Harry Potter voltou, quase uma década após o lançamento do último livro da saga. Em formato diferente, escrito por Jack Thorne com o apoio de John Tiffany, chega-nos este livro que não é um romance, mas sim um guião da peça de teatro.
O mundo de Harry Potter foi o que me despertou para a leitura e esta saga é aquela que mais vezes li. Como tal, apesar de não ser uma continuação escrita pela autora e de ser apenas baseado na sua obra, não podia deixar de ler este oitavo livro.
É um livro completamente diferente de toda a saga, com um formato e enredo começado do zero. A escrita é diferente, a maior parte são diálogos e os capítulos são divididos em atos e cenas. Por este motivo, tornou-se uma leitura fácil e rápida que terminei em apenas um dia.
A personagem principal passa a ser o filho de Harry - Albus Severus - que tal como o pai enfrenta vários desafios durante o seu percurso escolar. Carregado com o pesado apelido do pai, Albus vê a vida dificultada pelas espetativas que todos parecem ter sobre ele, refletindo-se ainda na criação e no desenvolvimento de amizades verdadeiras.
Achei o título do livro um pouco exagerado, não considerei Albus uma "criança amaldiçoada", apenas um miúdo que tenta singrar e fazer melhor num mundo onde o pai é o herói que acabou com os anos de terror de Voldemort.
J. K. Rowling fez uma falta enorme neste volume, em certas alturas parece que Jack Thorne não conhece bem o mundo criado pela autora atribuindo aos personagens criados por ela palavras e ações que estes nunca tomariam. Além disso, em certos pontos onde se referenciavam acontecimentos anteriores, estes ligavam-se aos filmes e não aos livros, o que constituiu um ponto negativo, do meu ponto de vista.
Em suma, apesar de ser menos do que esperava, não foi uma experiência em vão. Este livro consegue, em vários momentos, levar-nos de volta ao mundo que já conhecemos e que adoramos e dar-nos um cheirinho do que experienciamos há quase dez anos atrás.
Personagens preferidas: Scorpio Malfoy
Este é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling, a autora dos livros que marcaram a minha geração. No entanto, neste livro não vemos nada do que existia no mundo de magia de Harry Potter.
É um estilo literário completamente diferente, em que não existe um personagem principal mas sim uma cidade inteira com iguais quantidades de importância na história. É difícil escrever um livro com diversas histórias paralelas, que acompanha uma enorme diversidade de personagens ao mesmo tempo e que, no final, se encontram e interagem em conjunto. A personalidade de cada uma das personagens tem de ser bastante trabalhada e a sua história individual interessante. E é isto que este livro nos traz.
A história da cidade e dos habitantes de Pagford, que revelam as suas maiores características após a morte do homem que era o elo de ligação entre todos. Cada um mostra o seu lado mais mesquinho, temos acesso aos pensamentos e às visões de todos os personagens, todos e cada um sedentos de poder. Dá para pensar na falta que o mundo tem de pessoas boas e genuínas.
Com tantos personagens, é difícil para o leitor assimilá-los todos ao mesmo tempo, e só com a continuação da leitura isso se verifica. Muitos temas são apresentados ao longo do livro, falando principalmente da política da cidade, mas retratando ainda assuntos como bullying, adultério, consumo de drogas, violação, entre muitos mais.
Achei os adolencentes melhores personagens que os adultos, melhor construídos e com lutas interiores mais interessantes. As descrições das personagens não são tanto dadas pelo narrador, vamo-nos apercebendo delas através dos seus pensamentos e das suas ações.
Não existe um final fechado para todas as personagens, o destino da maioria delas fica em aberto, o que não é necessariamente uma coisa má. Dos personagens que o têm, é sem dúvida um final chocante e que dá que pensar. Gostei, embora não estivesse de todo à espera.
Personagens preferidas: Krystal Weedon, Sukhvinder Jawanda
Pontuação: 4*
Pontuação: 4*
Este é o livro referido no último volume da saga Harry Potter, como uma herança de Dumbledore para Hermione, e traz-nos as histórias infantis criadas para feiticeiros, em muito semelhantes aos nossos tradicionais contos de fadas.
Beedle leva-nos de volta ao mundo de magia de Harry Potter através de cinco pequenos contos, conhecidos por todos os pequenos feiticeiros de Hogwarts, e agora acessíveis a todos os Muggles uma vez que contêm notas explicativas da autora.
No final de cada conto, podemos ainda ler as ideias e os comentários do próprio Dumbledore, que ocupam aproximadamente metade do livro e foram encontradas após a sua morte, que nos chamam a atenção para detalhes dos contos, como é exemplo a completa exclusão dos Muggles ou apenas o seu papel como vilões. Tal como nos nossos tradicionais contos de fadas, ainda que este livro reúna os contos originais, estes foram também sendo mudados ao longo do tempo, de forma a se tornarem mais adequados para as crianças.
Cada uma destas histórias traz consigo uma lição de moral em que, tal como nos contos de fadas que já conhecemos, a virtude é por norma premiada e o mal é castigado”. Ao contrário do que se poderia pensar, a magia não é assim tão poderosa, sendo os valores dos personagens aquilo que prevalece e ganha.
Um exemplo é o conto que aparece no último livro, e também no filme, da saga Harry Potter. N' "O Contos dos Três Irmãos", o irmão mais novo ao encontrar-se frente a frente com a Morte, não tenta enganá-la nem humilhá-la, apenas pede algo que o tire dali sem ser perseguido por ela. Este é o único dos irmãos com um final feliz, que ao contrário dos outros dois, "acolheu a Morte como uma velha amiga, e foi com ela satisfeito e, como iguais, abandonaram esta vida".
Várias são as questões trazidas pelos contos, entre elas o amor, a tolerância e a morte, mostrando sempre que a magia não resolve todos os problemas e uma das suas limitações é não ser possível restituir a vida.
É um bom livro, que se lê num instante e que aconselho, principalmente mas não só, aos fãs de Harry Potter.
Deixo aqui o último conto do livro, e o único que aparece totalmente descrito no filme:
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.