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Excertos #13

por Daniela, em 30.07.16

 

"Ela não era tão segura de si como o seu comportamento dava a entender e eu não era tão descarada e dura como fingia ser. Podia transmitir essa impressão a princípio, podia agir com frieza e inacessibilidade, mas desiludia-me sempre a mim própria quando tinha um rebate de consciência - não conseguia ser uma cabra até ao fim."

Do livro A Filha da Minha Melhor Amiga, de Dorothy Koomsom*

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Dez pessoas completamente aleatórias foram misteriosamente convidadas a passar alguns dias na Ilha do Negro. Pelas mais variadas razões todas acabam por aceitar o convite e, quando dão por si, estão na cozinha do anfitrião a ouvir uma voz que não sabem de onde vem, acusando-os dos mais variados crimes.

O ambiente torna-se pesado quando cada um dos ocupantes da casa vai sendo assassinado de acordo com a lenga-lenga que se encontra em cada um dos quartos.

À medida que os personagens vão morrendo e cada vez mais se instala a desconfiança, também nós como leitores vamos tentando descobrir qual dos ocupantes daquela ilha é o verdadeiro assassino.

O final é absolutamente inesperado e de uma mestria que só poderia vir da rainha dos policiais.

Um livro genial e que nos agarra do princípio ao fim.

 

"Dez meninos negros foram jantar;

Um engasgou-se e sobraram nove.

Nove meninos negros deitaram-se muito tarde;

Um dormiu de mais e sobraram oito.

Oito meninos negros foram viajar pelo Devon;

Um disse que por lá ficava e sobraram sete.

Sete meninos negros foram cortar lenha;

Um cortou-se em dois e sobraram seis.

Sei meninos negros brincaram com uma colmeia;

Um abelhão ferrou um e sobraram cinco.

Cinco meninos negros seguiram a advocacia;

Um foi para o Supremo Tribunal e sobraram quatro.

Quatro meninos negros foram para o mar;

Um caiu no anzol e sobraram três.

Três meninos negros andavam pelo jardim zoológico;

Um levou um chi-coração de um urso enorme e sobraram dois.

Dois meninos negros sentaram-se ao sol;

Um deles ficou assado e sobrou um.

Um menino negro ficou completamente só;

Foi e enforcou-se e não sobrou nenhum."

 

Pontuação: 4.5*

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The Casual Vacancy - a série

por Daniela, em 16.07.16

Terminei de ver a mini-série baseada no livro de J. K. Rowling - Uma Morte Súbita. Tem apenas três episódios 

A história de Pagford está lá, as personagens do livro, no geral, estão lá, embora haja algumas falhas importantes nas suas caracterizações.

Senti falta de ver o final que li no livro, que foi bem diferente do da série. Faltou também a representação do bullying e da automutilação por isso desencadeada de uma das personagens que gostei mais.

Deixo o trailer em baixo:

 

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Uma Morte Súbita, de J. K. Rowling

por Daniela, em 15.07.16

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Este é o primeiro livro para adultos de J. K. Rowling, a autora dos livros que marcaram a minha geração. No entanto, neste livro não vemos nada do que existia no mundo de magia de Harry Potter.

É um estilo literário completamente diferente, em que não existe um personagem principal mas sim uma cidade inteira com iguais quantidades de importância na história. É difícil escrever um livro com diversas histórias paralelas, que acompanha uma enorme diversidade de personagens ao mesmo tempo e que, no final, se encontram e interagem em conjunto. A personalidade de cada uma das personagens tem de ser bastante trabalhada e a sua história individual interessante. E é isto que este livro nos traz.

A história da cidade e dos habitantes de Pagford, que revelam as suas maiores características após a morte do homem que era o elo de ligação entre todos. Cada um mostra o seu lado mais mesquinho, temos acesso aos pensamentos e às visões de todos os personagens, todos e cada um sedentos de poder. Dá para pensar na falta que o mundo tem de pessoas boas e genuínas.

Com tantos personagens, é difícil para o leitor assimilá-los todos ao mesmo tempo, e só com a continuação da leitura isso se verifica. Muitos temas são apresentados ao longo do livro, falando principalmente da política da cidade, mas retratando ainda assuntos como bullying, adultério, consumo de drogas, violação, entre muitos mais.

Achei os adolencentes melhores personagens que os adultos, melhor construídos e com lutas interiores mais interessantes. As descrições das personagens não são tanto dadas pelo narrador, vamo-nos apercebendo delas através dos seus pensamentos e das suas ações.

Não existe um final fechado para todas as personagens, o destino da maioria delas fica em aberto, o que não é necessariamente uma coisa má. Dos personagens que o têm, é sem dúvida um final chocante e que dá que pensar. Gostei, embora não estivesse de todo à espera.

 

Personagens preferidas: Krystal Weedon, Sukhvinder Jawanda

 

Pontuação: 4*

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A volta ao mundo em livros #4

por Daniela, em 13.07.16

Esta nova etapa d'A Volta ao Mundo em Livros traz-nos a Itália como representante, e consiste em ler livros de autores desta nacionalidade entre os meses de Julho e Setembro.

Não conheço muitos autores Italianos. Para já, vou começar por A Solidão dos Números Primos, de Paolo Giordiano. É o único livro que tenho de escritores Italianos. Gostava muito de ler A Amiga Genial, de Elena Ferrante, vamos ver.

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De Mês a Mês | Junho

por Daniela, em 07.07.16

Junho foi um bom mês.

 

Terminei de ler Uma Morte Súbita e gostei.

Li mais três livros: 

O Grande Gatsby e gostei da época, da escrita e de poucas personagens.

As Dez Figuras Negras, adorei a criatividade da autora.

Intriga em Bagdade e gostei.

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Em termos de compras, foi também um bom mês. Comprei quatro livros, todos na feira do livro de Lisboa:

A Filha da Minho Melhor Amiga, de Dorothy Koomsom.

Mataram a Cotovia, de Harper Lee.

Vai e Põe uma Sentinela, de Harper Lee.

Nunca Digas Adeus, de Lesley Pearse.

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Este mês marcou o final da terceira etapa d'A Volta ao Mundo em Livros que consistiu em ler livros de autores britânicos durantes os meses de Abril, Maio e Junho. Li cinco livros - nestes três meses - para este desafio:

O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë.

Uma Morte Súbita, de J. K. Rowling.

Os Contos de Beedle, o Bardo, de J. K. Rowling.

As Dez Figuras Negras, de Agatha Christie.

Intriga em Bagdade, de Agatha Christie.

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O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald

por Daniela, em 03.07.16

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Ao contrário da maioria dos livros, o grande Gatsby não é narrado pela personagem principal, mas sim por Nick Carraway, vizinho e amigo de Jay Gatsby, que vai descobrindo e desvendando o mundo do protagonista. No geral, este livro retrata a sociedade dos loucos anos 20, a sociedade pós 1ª Guerra Mundial, cheia de festas e rodeada de riquezas e futilidades para tentar esquecer o vazio que se formou. A maioria das personagens são mesquinhas, adúlteras e fúteis, apenas importam as festas e o dinheiro, casamentos por interesse é o mais procurado e o amor é sempre deixado de lado.

Jay Gatsby é um milionário misterioso que dá as mais extravagantes festas na sua enorme mansão, onde aparecem todos os tipos de pessoas. Apesar do seu dinheiro e de estar sempre rodeado de pessoas, Gatsby é muito solitário e fica constantemente à espera de realizar o seu maior sonho - reencontrar e reconquistar a sua antiga namorada Daisy.

Daisy por sua vez não merece nada do que Gatsby faz por ela, tão mesquinha e fútil que é. Tom, o marido, representa o racismo e o adultério, o poder que a riqueza tinha na época.

A mensagem do livro é marcante e mostra-nos que nem todo o dinheiro do mundo é capaz de trazer consigo a felicidade e a concretização dos nossos sonhos mais escondidos. A solidão de Gatsby é um dos pontos mais fortes deste livro, o facto de estar sempre rodeado de pessoas nas extravagantes festas na sua mansão não lhe trouxe nenhum dos verdadeiros companheiros que todos precisamos.

 

Personagens preferidas: Nick Carraway, Jay Gatsby

 

Pontuação: 4*

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