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"Acabavam de festejar as bodas de ouro e não sabiam viver, nem um momento, um sem o outro, nem sem pensarem um no outro, e cada vez sabiam menos à medida que se agravava a velhice"
Do livro O Amor nos Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez*
Título: O Zahír
Autor: Paulo Coelho
Editora: Pergaminho
1ª Edição: 2011
Nº de Páginas: 320
"O Zahir é algo que, uma vez tocado ou visto, nunca é esquecido – e vai ocupando o nosso pensamento até nos levar à loucura. O meu Zahir tem um nome, e o seu nome é Esther."
Sinopse: "O Zahir" conta a história de um escritor de sucesso com uma vida confortável e um casamento estável; um homem satisfeito. Até que, sem qualquer motivo ou explicação, Esther, a sua mulher, desaparece. Este acontecimento inexplicável leva-o a repensar toda a sua vida e tudo aquilo a que dava valor. Pouco a pouco, a sua necessidade de compreender o sucedido transforma-se numa obsessão. Uma obsessão que o leva a partir numa viagem para se reencontrar com Esther... E consigo próprio. O seu estilo fluido e cativante faz de "O Zahir", uma das obras mais reveladoras de Paulo Coelho, uma reflexão autêntica e ponderada acerca do amor, da liberdade e do destino.
Opinião: Este é um livro narrado na primeira pessoa. O nome do protagonista nunca nos é revelado, o que leva muitos a crer que é o próprio Paulo Coelho. É o segundo livro que leio deste autor, e gosto, apesar de não me fascinarem completamente. Várias pessoas afirmam que o Paulo Coelho escreve sempre sobre a mesma coisa, que os seus livros são um conjunto de obras autobiográficas, eu não posso confirmar nem desmentir.
Este livro conta a história de um escritor de sucesso que procura a sua esposa, Esther, após esta ter desaparecido sem qualquer aviso prévio. Esther torna-se então no seu Zahír, não só algo que não lhe sái da cabeça, mas a sua obsessão.
Ao longo da leitura, deparamo-nos com várias passagens interessantes sobre a vida e sobre o amor. A importância de atingir objetivos e a força do amor que nos move.
O final é feliz e emocionante. Depois da sua longa viagem, cheia de trilhos e de retrocessos, de acidentes e pensamentos, ele torna-se no melhor de si.
" – Nascemos em tempo de revolta. Dedicamo-nos a ela com entusiasmo, arriscamos as nossas vidas e a nossa juventude e, de repente, temos medo; a alegria inicial dá lugar aos verdadeiros desafios: o cansaço, a monotonia, as dúvidas sobre a própria capacidade. Reparamos que alguns amigos já desistiram. Somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas e, depois de alguns tombos sem ninguém por perto para nos ajudar, acabamos por nos perguntar se vale a pena tanto esforço."
Do livro O Zahír, de Paulo Coelho*
Tenho o hábito de ler sempre apenas um livro de cada vez. Há pessoas que lêem 2 ou 3 ao mesmo tempo.
Nunca me passou pela cabeça estar a ler um livro e começar a ler outro pelo meio, ir lendo um deles conforme me apetece.
E vocês, como fazem? Quais as vantagens que vêm em ler várias coisas?
"Por isso é tão importante deixar certas coisas irem embora. Soltar. Desprender-se. As pessoas precisam de compreender que ninguém está a jogar com cartas marcadas, às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam o seu esforço, que descubram o seu génio, que entendam o seu amor. Encerre ciclos. Não por orgulho, por incapacidade ou por soberba, mas porque aquilo simplesmente já não se encaixa na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e transforme-se em quem é."
De Fernando Pessoa, no livro O Zahír de Paulo Coelho*
Título: Frágil
Autor: Jodi Picoult
Editora: Civilização Editora
1ª Edição: 2009
Nº de Páginas: 498
Sinopse: Willow, a linda, muito desejada e adorada filha de Charlotte O’Keefe, nasceu com osteogénese imperfeita - uma forma grave de fragilidade óssea. Se escorregar e cair pode partir as duas pernas, e passar seis meses enfiada num colete de gesso. Depois de vários anos a tratar de Willow, a família enfrenta graves problemas financeiros. É então que é sugerida a Charlotte uma solução. Ela pode processar a obstetra por negligência - por não ter diagnosticado a doença de Willow numa fase inicial da gravidez, quando ainda fosse possível abortar. A indemnização poderia assegurar o futuro de Willow. Mas isso implica que Charlotte tem de processar a sua melhor amiga. E declarar perante o tribunal que preferia que Willow não tivesse nascido...
Opinião: O primeiro livro que li desta autora. Foca um tema sensível, uma doença rara e que pouca gente conhece: Osteogénese Imperfeita, ou a Doença dos Ossos de Vidro. É um livro onde muito facilmente os sentimentos se misturam, são tantos que não os compreendemos bem.
Não conhecia em pormenor esta doença, não fazia ideia das implicações que tem nem das complicações que provoca. Este livro dá-nos uma visão pormenorizada do que significa Osteogénese Imperfeita e do que é conviver com esta doença todos os dias.
Os capítulos são divididos pelas personagens, e escritos na segunda pessoa, já que se dirigem sempre à pequena Willow, como que a transmitir-lhe os seus pensamentos.
O livro começa calmamente, sem dar muito de si, e só depois de vários capítulos é que nos agarra até ao final. Achei a Amelia, irmã de Willow, uma personagem muito bem construída. Com os seus próprios problemas para lidar, com os seus próprios pensamentos e as suas próprias reflexões. Sobre a mãe, Charlotte, não sei o que dizer. Houve espaço para gostar dela e houve espaço para achar que era a pior pessoa do mundo. No geral, foi a personagem com quem menos simpatizei.
Houve uma história paralela envolvendo Marin, a advogada de Charlotte, que não achei que fosse necessária para a história principal, mas que também não correu mal.
O final é surpreendente, chocante e atinge-nos de uma maneira que não é possível explicar. Too many feelings!
"Há um preço para tudo. Podemos ter uma bebé linda, mas ficamos a saber que tem uma incapacidade. Movemos céus e terra para fazer essa criança mais feliz, mas deixamos o nosso marido e a nossa filha tristes. Não há nenhuma balança cósmica onde possamos pesar os nossos actos; aprendemos demasiado tarde quais as escolhas que estragam o equilíbrio frágil."
Do livro Frágil, de Jodi Picoult*
Apercebi-me há pouco tempo que o que fiz há uns meses tem um nome: TBR Jar ou The Book Jar. Falei sobre isso aqui.
Na altura foi feito com uma antiga embalagem de um perfume. Agora ando a tentar dar-lhe uma nova cara, mas ainda não encontrei o recipiente certo!
Alinhado com este conceito está o desafio de a cada mês tirar pelo menos um papelinho à sorte e ler o livro que lá vem.
O último livro que tirei de lá foi Frágil de Jodi Picoult. Vou tentar agora ler pelo menos um livro por mês retirado de lá, e assim ir diminuindo a minha lista cada vez maior de livros por ler :)
Este mês foram 3 os livros que se juntaram à minha estante:
Crime na Universidade - Pedro Macedo
Cortesia da minha parceria com a Chiado Editora, a ler muito em breve.
Morre por mim - Karen Rose
A Solidão dos números primos - Paolo Giordano
Estes dois comprei no continente, na promoção de dois livros por 15€
Estou contente comigo. O meu vício dos livros está mais controlado :D
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